28 de setembro de 2012

Hoje

Desde que ganhou o Beyblade, foi o primeiro dia que o meu filho não o levou para a escola (e também a primeira noite que não dormiu com ele). Não se lembrou.
É que entretanto perdeu-se de amores por um canudo de papelão grosso (que sobrou do rolo de pelicula aderente... e sim, dormiu com ele).

Estas mães contam tudo na net!

O tempo que o tempo traz

É verdade, chegou o Outono.
Com o passar do tempo tenho dado por mim a gostar cada vez menos do Inverno (deve ser da idade). Lembro-me de quando não conseguia ter uma estação do ano preferida, gostava sempre mais daquela em que estava e, cada uma que chegava deixava-me sempre satisfeita pela renovação que trazia.
Agora, apesar de lhe reconhecer a necessidade e de ainda me maravilhar com toda essa mudança, dou mesmo por mim a chatear-me com o Inverno.

Mas é Outono, é verdade, gosto da mudança das cores, gosto dos cheiros, gosto da chuva que não traz o frio excessivo, gosto dos cogumelos e das botas de borracha, gosto da lenha e das castanhas assadas. E gosto porque o nosso Natal é muito mais Outono que Inverno.
Precisamos de andar na rua, precisamos de não nos sentirmos contidos, precisamos de não estarmos todos enlatados no mesmo sítio, mas o Inverno não se compadece.
Devíamos era hibernar (alguém comigo?), somos bichos do sul, gostamos de bom tempo e andar a pé.
Aproveitemos enquanto dura.

24 de setembro de 2012

Domingo




Domingo não foi só o primeiro dia de Outono, nem foi só o dia de andar a pé na Marginal, domingo foi o dia de aniversário da G.
O programinha manteve-se, S. Pedro foi amiguinho. A ideia era eles poderem andar de bicicleta em plena Marginal e assim foi.
Estava com algum receio do pós festa, pensei que o meu G voltasse à carga com a escolinha antiga mas até ver, está tudo tranquilo.
Gostei de ver as crianças, estão todos tão crescidos, o pior é que tenho/temos mesmo saudades deles, desde os poucos meses até agora, aos três anos. O tempo passa mesmo depressa.
Um policia alertou a aniversariante para o excesso de velocidade
Os parabéns cantaram-se no bar da praia, o bolo tinha a pantera cor-de-rosa e a diversão foi mais que muita.
E o que ele andou de bicicleta foi excelente para a sesta que se seguiu.
Foi uma manhã bem passada.

As coisas que eles gostam


Até ontem se me perguntassem o que era um Beyblade eu ía achar que seria algum filme de acção com muitas facas à mistura, ou uma nova versão de lâminas de barbear... qualquer coisa por aí.
Hoje sei que é um (género de) pião, de plástico com uma identidade muito própria, existem vários todos diferentes, têm uma arena e "combatem" uns com os outros...  Penso que o combate seja apenas tocarem uns nos outros (porque há uns que quando são tocados abrem as "asinhas" ou saltam ou sei lá o quê). No final o que se mantiver de pé, ganha, tal como na vida.
São para maiores de 8! E são desenhos animados também (para os mais cresciditos).
 O Sr da loja deve ter achado que eu vinha de outro planeta, acho que fiz caras muito estranhas enquanto entusiasticamente me explicava as "virtudes" da coisa.

E comprei, sim comprei um para o G porque eu tinha-os visto (de passagem) a jogar com um deste brinquedos no recreio e ele há já umas duas semanas que me pedia um pião... e pronto, cedi, mais cedo ou mais tarde cedemos todos.
Ele feliz, tão feliz, dormiu com o beyblade e hoje não via a hora de chegar à escola.

Imagem da net
E pronto, outros se seguirão.

E por último


O trabalho da Paz feito pela sala do G. Só ficou pronto no sexta à tarde.

21 de setembro de 2012

Os pequenos seres humanos

Não consigo evitar, gosto de tudo o que eles fazem, e com o andar da vida, à medida que vão conseguindo exprimir-se a falar, a escrever e a desenhar, vou ficando assim cada vez mais dependente.
Sei que um dia acaba, cada fase dura apenas um momento por isso aproveito cada pequena coisa, tento não perder nada (mas também não tenho ilusões).

Já sabemos que a vida é a melhor escola mas descobri que ter um filho,  acompanhar o seu desenvolvimento é o ensinamento mais fascinante que existe. A perspectiva que aprendemos da vida fica inteira, completa. É como se nos lembrassemos de algo, parece que de repente ficamos detentores de um qualquer conhecimento que nos estava vedado. Não estava, claro, esteve sempre lá, nós é que víamos o mundo por outros olhos.
Agora temos mais olhos, e várias perspectivas ao mesmo tempo, o conhecimento chega de outro modo, mais completo.
E toda a humanidade está ali, naquela(s) pessoa(a) pequenina(a) e aprendemos o que fomos, o que somos, e às vezes até, o que seremos.
Pronto, chega, se me dão corda nunca mais me calo e além disso, tenho que ir trabalhar!

Paz é...






E no caso de alguém ter alguma dificuldade em entender o que é, eles explicam.

Hoje é dia Internacional da Paz

Um trabalho de uma sala da pré

20 de setembro de 2012

Uma estreia


E pronto, só faltava o carro. Agora já não falta nada, é oficial, autocolantes por tudo quanto é sítio

Pequenas grandes obras

Ao segundo dia de aulas pintaram e ao terceiro colaram e
fizeram os auto-retratos

As pinturas da primeira semana

A colagem motivada pelas vindimas
Sãos os orgulhos das mamãs e dos papás, fazem coisas lindas e crescem felizes. É o que se quer.

18 de setembro de 2012

As manifestações e as detenções

É notícia de primeira página, hoje, a condenação do(s) detido(s) das manifestações de sábado.
Por entre um pedido de desculpas à PSP que vale o que vale, e umas horas de trabalho a favor da comunidade, pode ler-se ainda que [os arguidos] comprometeram-se em abster-se da prática de atos violentos em manifestações públicas e desportivas durante o período de suspensão dos autos”, e eu acrescento que fora das manifestações públicas e desportivas (em casa por exemplo) tudo bem, e passados os 12 meses, podem voltar à normalidade. A PSP depois, se for chamada a intervir, leva com outro pedido de desculpas.

Custou-me ver, estava longe e acompanhei pela televisão mas custou-me ver a falta de respeito.
Não acredito que naquele mar de polícia não houvesse um único que não gostasse de se poder manifestar também. Eles estavam e estão sempre lá para garantir o direito à manifestação pacífica de todos nós. E mais, estão a trabalhar. São obrigados a estar lá.

 E aquilo que fica sempre por dizer é que sendo claro como água, que no meio da multidão, onde o rio corre com mais força nunca se tenta apurar quem ordena (leia-se paga) o incitamento à revolta. Os individuos mais motivados desaparecem assim que esgota o tempo pago. Ou isso ou dão a cara a uma noite no presídio já com o deles garantido.
Sim, somos um povo pacífico, não é vergonha nenhuma, é a nossa maior força, valha-nos isso.
No meio de toda esta precaridade, só nos faltava agora começarmos com violências. Era só o que nos faltava!

O excerto da pena que transcrevo em cima foi retirado do iOnline mas podia ter sido de qualquer outro jornal ou até da página da PGDL.

Conversas

Ontem esquei-me de ver o que era o almoço na escola só me lembrei quando chegámos a casa e para não estar a ir á net resolvi arriscar:
- O que foi o teu almoço G?
- Sopa.
- E mais? Depois da sopa o que foi?
- Foi arroz mais coisas p'a mastigar!
Hoje fui tirar as dúvidas e fiquei a saber que foi arroz de cenoura e pataniscas de bacalhau, ele tinha razão.

Todos os dias quando chegamos a casa é uma guerra para sair do carro porque ele quer sempre sentar-se no lugar do condutor e fingir que conduz, mexe nos botões todos e apita.
E ontem, ao deitar, na marmelada do costume, a ver se fica mais uns minutos, agarrado a mim pergunta-me se já é crescido (algo que ele insiste em dizer que é).
- Já meu amor, já és um crescido!
- Sou quase da tua altura?
- És quase da minha altura.
- E posso conduzir?

17 de setembro de 2012

As nuvéns


E no caminho para casa vimos dragões a voar pelo céu, parecia uma pintura...

Estes tempos

Têm sido umas semanas de adaptação, ajustes aqui e ali e algumas coisas vão ficando para trás ou simplesmente, numa tentativa de não excluir coisa nenhuma, a atenção ao pormenor não tem sido a mesma.
Nos tempos de adaptação há alturas mais fáceis que outras e o truque é não nos deixarmos afectar pelas coisas pequenas. Só que, não é fácil.

Sendo uma mãe dos tempos que correm (pertencendo à geração a que pertenço) em que queremos poupá-los a tudo e a todos, queremos que sejam crianças acima de tudo, felizes, a verdade é que há coisas que têm que ser eles a passar e é absolutamente insano achar que os podemos fazer felizes 24 horas por dia e 365 dias por ano - estaríamos a criar monstros - mãe que é mãe ou pai que é pai não deixa de criar um bom trauma à sua criança.
Mas quando nos pedem algo, tentamos dar, certo? Desde que não nos peçam a Lua (e mesmo assim...)

Sei que o G gosta da escolinha nova, sei que gosta da A (a educadora) e sei que gosta dos amiguinhos que faz a cada dia. Nos dias melhores, no caminho para casa pede-me para o levar de volta à escola, nos outros dias não quer ir. E eu tento incentivar, "ir para a escola, aprender coisas novas, e brincar com os amiguinhos é tão bom!"

Ontem à noite perguntou-me porque é que não podia ir para a outra escola onde estão a G e o L, e eu, cá dentro ouvi: "porque é que não posso ir para onde era feliz, onde estão os meus amiguinhos de sempre, onde eu pertenço?" E morri um bocadinho.
Prometi-lhe que nos anos dele convidaríamos a G e o L para um lanchinho e ele ficou mais animadito.

Hoje, hoje já era outro dia e ele lá foi, meio sem vontade, e eu "digo-me" que é segunda-feira e que à segunda-feira custa em todo o lado. E ele levou o Cuquedo que sabe de cor e salteado (e talvez porque lhe abafe um pouco a saudade) e lá ficou de lagriminha no olho com o livro preso debaixo do braço. Eu tive que me vir embora.
Porque é que custa tanto?

Setembro de vindimas

E é vê-lo a querer ajudar em tudo.

13 de setembro de 2012

E evolução da ortografia



Já por aqui (na net) foi dito tudo o que há a dizer sobre o Acordo Ortográfico, no entanto, aqui estamos nós.
Encontrei lá por casa estes dois exemplos. Gostava de ter um Almanaque Bertrand de cada ano da sua existencia, mas... por agora temos três ou quatro (ao todo) e chega, não é essencial.
Estamos sempre em evolução e ainda bem, é desejável que assim seja. Estes dois exemplos distam 12 anos um do outro e já se nota uma ou outra diferença, noutro de 1955 encontro já o modo de escrever que aprendi na escola.
É claro que sou a favor da evolução, custa-me é a demissão que está presente em tudo isto, somos a língua mãe e como em tudo, demitimo-nos de criar as nossas regras, de definirmos a nossa própria evolução, deixamos sempre que sejam os outros a dizer-nos que caminho seguir. Custa-me, custa-me que quem decidiu (ou concordou) tenha tido tão pouco respeito pela língua e sua história e tenha optado levianamente pelo caminho insípido que temos gora pela frente.
Era só mais isto que queria acrescentar, obrigada pela paciência.

12 de setembro de 2012

A natureza dos cortes

Capim-dos-pampas (Cortadeira selloana), não entra na história
mas estava presente e quis ver como ficava na foto.

Já foi no fim de semana, a noite prestava-se a isso, estava quente e convidativa e nós lá fomos os três dar a volta ao quarteirão. Mais por insistência da criança lá de casa que dizia "adoro andar a paxear na rua" e tanto insistiu que lá fomos todos, descobrimos que adora andar a pé só por andar, é pena é cansar-se depressa...
Ali perto há um "liceu" (se é que ainda se encontra significado para a palavra, caiu num desuso completo) cujo muro está coberto daquela roseira pequenina trepadeira... será rosa de Stª Teresinha? É impossível não se sentir o perfume, o ar está agradavelmente saturado. Era um passeio bucólico, tranquilo, muito muito agradável.
Perguntei-lhe se não sentia o cheiro, ele respirou fundo e disse:
- Cheira bem, cheira a natureza!
- É bom, não é?
- É, mas esta natureza está maluca!
Passámos imediatamente a modo "não bucólico".
-Está maluca?! Está maluca porquê?
- Puque amanhã vem o xenhor cotar esta natureza!

E depois a mãe faz o raciocínio e (às vezes) chega lá. Ele tem visto agora por estes dias e por todo o lado os jardineiros em acção, a podar as partes "malucas" que saem fora da ordem... e assim, tudo o que sai fora - o senhor vem cortar.
O jardineiro ainda não apareceu por lá, a natureza continua maluca e ainda bem, haja alguma coisa neste país (para além do Governo) a fazer o que lhe dá na veneta e a cheirar bem.

11 de setembro de 2012

Actos de vandalismo


Perguntaram-me se eu concordava com a nova (futura/possivel) lei sobre actos, perdão, atos de vandalismo (estou a tentar, estou a fazer um esforço).
É claro que concordo, sou a favor da "street art", não da porcaria.
Estes dois exemplos colhidos por aqui quase ao virar da esquina, são excelentes. Um é mais porco que o outro sim, mas ambos servem para o mesmo. Não atraem nada de bom, não são simpáticos, não transmitem nada, não inspiram nada.
É claro que sou a favor de uma lei, mas também sei que nos casos pioneiros alguém sai sempre a perder. Espero que a "pessoa" que está neste momento a estudar a lei, a estude mesmo e faça os trabalhos de casa bem feitinhos, há uma grande diferença de street art para vandalismo e não é nada difícil de saber qual é, implica trabalho, implica esforço, implica inspiração, implica dedicação.  Implica alguém cheio de criatividade que apanha um suporte que lhe serve  e cria algo à sua dimensão, para todos. Implica principalmente gerar uma emoção, transmitir uma mensagem.
A história da arte não esquece que poucos são os artistas pioneiros que são reconhecidos desde logo, a começar no próprio país, mas também sabemos que a arte que é feita nas paredes terá um duração (mais) efémera  pelo suporte que ocupa.
Veremos.

Acabadinhas de chegar


Duas folhas de autocolantes, acabadinhas de chegar à minha mesa, directamente dos anos 80.
Desconheço o autor...

10 de setembro de 2012

A "nova" austeridade


Mais um saco de uma tonelada para carregar todos os dias para onde quer que se vá.
E mais uma vez lá vai o privado pagar a má gestão do público com toda a precariedade que o segundo traz ao primeiro.
E não se dão conta que estão a corroer os alicerces? É preciso explicar o que são alicerces e para que servem? E será tembém necessário explicar a esta gente que a este grau a contestação já não é gratuita (se é que alguma vez o foi), é mesmo uma desilução profunda e medo pelo futuro? É a pobreza que bate à porta já de muita gente, confrontada com os topos de gama com que se cruzam no caminho.
É tanta coisa que se vê por aí... até me faltam as palavras.
E sim, começo a ter receio.

7 de setembro de 2012

O primeiro "A"


Chegou radiante ao pé de mim.
- Mãe, olha, fiz um "A", dois "às"!
- Que lindo, filho ( e elogiei mais do que dou aqui a entender), mas o "A" tem que estar unido aqui em cima, como fizeste no primeiro, vês, tem um pontinho aqui em cima onde se juntam...  assim é um "H", faz lá outra vez.

Já tinha feito um, quando fez o segundo veio mostrar:
- Vês mãe, tem um pontinho em cima! - e fez o terceiro, sem pontinho...


De qualquer modo, foi o primeiro "A", guardo religiosa e carinhosamente todos este momentos. Partilho-os aqui não para me gabar mas porque me fazem imensamente feliz, pela procura, pela vontade de crescer tão especial destes anos. Consigo ver-lhe a necessidade de se exprimir no mundo criado e ditado pelos adultos, quem não escreve ou não lê, não está incluido e, por muito estranho que isso possa parecer, consigo mesmo ver essa necessidade em muito do que faz.
Não sabia que assistir na primeira fila ao desenvolver de um ser humano podia ser tão fascinante. Sou feliz!

Falemos um bocadinho de chuchas





aqui falei de Estocolmo, nascida numa ilha, rapidamente se estendeu pelas outras em volta. São catorze ilhas que hoje compõem a cidade. Numa dessas ilhas - Djurgarden - existe um parque enorme que se chama Skansen. Skansen é simultaneamente um parque, um jardim zoológico  e um museu ao ar livre. Foi construido com a intenção de preservar a memória cultural e o modo de vida da Suécia dos últimos séculos. Aqui encontram-se mais de uma centena de construções originárias de todo o país que foram desmontadas, trazidas e reconstruidas peça a peça dentro do parque. E aí existem também algumas reproduções de pequenas cidades e oficinas com os seus artesão.
No jardim zoológico não vamos ver leões, elefantes ou girafas, os animais são maioritariamente espécies escandinavas (há que ter em conta o rigor do Inverno).
Mas e o que é que tudo isto poderá ter a ver com as benditas chuchas?
Como diz o meu filho: "Eu expico!"
Dentro de Skansen existe Liil -Skansen, e Liil-Skansen é um jardim zoológico para crianças (que desde Março deste ano está em funcionamento o ano todo - incluindo agora o Inverno). Lá as atracções são os bichinhos que mais despertam a curiosidade dos nossos pequeninos, incluindo, todos os mais recentes habitantes - as crias de todas as espécies, com a vantagem de lhes poderem tocar e fazer muitas festinhas.
Toda esta conversa porque em Liil-Skansen existe um pequeno espaço onde gatinhos e coelhinhos pequeninos, pedem com aqueles olhos enormes... as chuchas! Ah pois é, são espertos estes suecos. E resulta, se resulta, é um mar de chuchas por todo o lado. Grinaldas de chuchas cobrem as árvores.
Não há criança que chegada a hora, vá a Liil-Skansen e não se sinta sensível  à "dor" do bichinho, que não ache que precisa mais da chucha que o pobre bicho.
Por cá, o nosso zoo ainda não se lembrou de uma coisa assim, podemos sempre tentar um caminho do género, mas como em tudo, muitos fazem mais do que um ( ou assim se espera), e é mais fácil um fazer porque outros fizeram, do que ser o pioneiro a abdicar do maior tesouro da sua vida.
Haja força, paciência e sabedoria, tudo se resolverá, tenho fé!

Olha,

...o PIB caiu, que surpresa tão grande!
Cá p'ra mim, tropeçou, com tantos apoio e ajudas à produção interna, ele levanta-se já já.

4 de setembro de 2012

Portugal dos Pequenitos











As férias terminaram no Portugal dos Pequenitos, parece que andámos no percurso de Cassiano Branco...
Portugal dos Pequenitos é altamente recomendável para todas as idades "pequenas" (e grandes).
Começam por brincar às casinhas porque a escala assim o proporciona, e aprendem que a Arquitectura tradicional varia não só por todo o país, como ao longo da história, com a história.
Pequenos museus da marinha, do traje, do mobiliário. Reproduções de alguns dos monumentos mais conhecidos.
Já lá não ía há muitos muitos anos, mais de uma vida, acho eu. Foi tão bom.
E o orgulho de ver turistas por lá encantados com este nosso cantinho...
Recomendo mesmo.

O primeiro dia


Foi uma frente unida (só podia, não é?) que todos armámos para este temível dia.
A criança foi "bombardeada" (mas sem exageros!) com frases de encorajamento para encarar com agradável expectativa a mudança de escola. E ele ía feliz, e quando viu o escorrega enorme ficou ainda mais feliz.
Tentei disfarçar ao máximo a minha angustia (de mãe), viémos a cantar pelo caminho e rimos e foi tudo muito leve e agradável. Só foi pior quando falou no L (melhor amigo) e na G... disse-lhe que eles estavam noutra escola (não menti) e mudei de assunto rapidamente.

Seguimos directamente para a entrada (sem passar pelos baloiços), à porta a desconfiança instalou-se e dali não quis passar. A educadora veio ter connosco para o encorajar a entrar, e nada.
Com muita tranquilidade peguei-lhe ao colo com a promessa de que lhe faria companhia ainda durante algum tempo, lá fomos. Ficámos a saber que a sala dos três anos é a sala dos sapinhos, toda em tons de verde. Lá dentro a auxiliar e mais três meninos. O D e o P vieram trazer-lhe carrinhos e ele lá foi ver a caixa dos brinquedos.

Vou saltar a parte em que tive que me vir embora porque ainda que ele tenha sido levado para ver o cão (a escola tem um cão!), as lágrimas eram muitas (as dele porque eu consegui disfarçar) e ainda fiquei uns minutos no carro a tentar recompor-me.

Perto da hora do almoço a educadora já me dizia ao telefone que nem parecia que era o primeiro dia numa escola nova.
As nossas cabeças (adultos e crianças) são tão diferentes e ainda bem. A nossa experiencia de vida e medo de sofrer e principalmente querer evitar-lhes todo o tipo de sofrimento é que estraga tudo. Sofrer é inevitável, faz-nos crescer e isto não é sofrer, isto é mudança. Mudar é sempre bom.
À tarde a caminho de casa pediu-me para ir outra vez para a escola :)

Hoje ficou aos saltinhos de alegria porque íam fazer uma pintura.
Ah (suspiro!) esta vida de mãe é uma corrida de obstáculos mas com toda a certeza, de bem mais de 3000 metros. E agora, entre barreiras, retomo um bocadinho o fôlego.