11 de outubro de 2014

A verdade sobre a saúde

Há cerca de um mês "celebraram-se" os 35 anos do Serviço Nacional  de Saúde. Mais ou menos pela mesma altura recebi em casa uma carta do Centro de Saúde a dizer que a minha médica de família tinha assumido outras funções e por isso não poderia mais ter o nosso processo a seu cargo. Transferiram o nosso processo para a Brandoa, enviaram-me a carta para casa mas transferiram o processo para a Brandoa. Se calhar, transferir o processo para a área de residência do utente é algo que vai para além das competências do Centro de Saúde.
É curioso pensar que nos Estados Unidos (onde os cuidados de saúde só existem para quem tem dinheiro para pagar um seguro) trabalham para terem um serviço nacional de saúde,  e que por cá segue-se exactamente pelo caminho oposto, cada vez mais as pessoas só conseguem os cuidados de que precisam através do seguro. 
Talvez devêssemos ter escolha, uma vez que as reformas também estão cada vez mais pequenas, talvez devêssemos escolher pagar segurança social e ter serviço de saúde e reforma ou não pagar e ter seguro e PPRs...

Mas este post não é por causa disso, este post serve para divulgar um documentário sobre o Cancro.



Vivemos numa época em que as pessoas estão tão envolvidas nos esquemas médicos e farmacêuticos que não conseguem já pensar em cura sem pensar em medicamentos, 
A  ideia da alimentação, vitaminas, ervas que durante milhares de anos preveniram e curaram doenças, foi-nos sendo afastada aos poucos.
Os próprios médicos não permitem já aos seus doentes a sua própria capacidade de cura, cada vez mais tratar sintomas é uma mina de ouro, uma receita para cada sintoma e a farmacêutica esfrega as mãos de contente. Não interessa a cura, interessa tratar os sintomas.
Sejam tóxicos ou não, com efeitos secundários do outro mundo ou à base de ervas a preços mirabolantes super-hiper inflacionados, a verdade é que quem dita as regras tem também o poder legal para criar esta ilusão de valor. A cura não é rentável.

A medicina já não é séria, A medicina já não quer saber de encontrar a cura, já não quer saber a causa dos sintomas. Trata-se cancro com radiação como se a falta de radiação fosse a causa do cancro.
O que a natureza tem para nos oferecer, e que sempre nos tratou, é agora perigoso. As farmacêuticas são donas da verdade e os seus discípulos são os médicos.

A começar a 13 de Outubro, um documentário em 11 partes. A Verdade Sobre o Cancro, on-line, gratuíto e com inscrição aqui.
Cada "episódio" estará disponível por 24 horas, para ver à hora de maior conveniência. 

A vida

Algo aconteceu a uns amigos nossos, um coraçãozinho pequenino que deixou de bater a poucos dias do nascimento.
Isto  é devastador em tantos sentidos.
Nenhuma palavra, nenhum gesto, nenhuma presença pode apaziguar a dor e a revolta que os destrói por dentro. Algo negro e pesado se abateu sobre eles. Não há quem fique indiferente. E quem tem filhos repensa um pouco as atitudes do dia a dia. A sorte que às vezes temos e que tomamos por garantida.
A dor, nem a consigo imaginar, e sinceramente, nem quero. A perda, o vazio e o inevitável "porquê?". Quem sabe a razão das coisas más acontecerem a pessoas boas? Onde está o sentido? Onde está a justiça?
O mundo não é um lugar bom. O sol não pode brilhar e o céu não pode sorrir quando um bebé morre.

18 de setembro de 2014

Lixo


O pessoal da Ucrânia não gostou do deputado, vai daí enfiaram com o senhor no caixote do lixo.

Não consigo deixar de pensar que talvez seja por isso que tantas vezes temos aquelas agências de rating a classificar Portugal como Lixo. Se os que nos governam são lixo, nós não passamos disso.
Bons exemplos a seguir.
A notícia aqui.

6 de setembro de 2014

"Tu não mandas no mundo!"

É verdade meu amor, o mundo é um sitio muito grande e a mãe não manda no mundo. Se a mãe mandasse, nunca no mundo as crianças chorariam, mãe nenhuma veria o seu filho com fome, mãe nenhuma veria o seu filho partir para a guerra ou sequer teria alguma vez o seu filho a morrer-lhe nos braços. 
A mãe não manda no mundo e a mãe não quer mandar no mundo, a única coisa que quero é que faças o que te digo porque por enquanto vou sabendo mais do mundo do que tu. 
Os teus (quase) cinco anos dizem-te que tudo gira à tua volta, que a razão de mãe e pai existirem é de te satisfazerem todos os desejos mas  a verdadeira razão de mãe e pai existirem é a de te orientarem de forma a conseguires fazer sempre melhores escolhas ao longo da tua vida e ajudares na evolução humana, como é esperado que todas as gerações o façam.
É muito fácil errar, os pais querem tanto e com tanta força que tudo corra bem que um pequeno passo em falso pode ser uma grande tragédia. Mas, se conseguires compreender tudo o que o pai e a mãe te vão explicando, se souberes fazer boas escolhas, um passo em falso vai ser simples de contornares.
Ás vezes a vida brinca comigo, o tempo parece confundir-se, dizes-me que tens propostas para fazer e negoceias castigos e prémios, depois perguntas-me se temos acordo. E eu pergunto-me se estarei a sonhar. Pergunto-me se na verdade não serão vocês que mandam no mundo.
É verdade, a mãe não manda no mundo, a mãe nem conhece o mundo, vou aprendendo contigo a conhecê-lo melhor, e vou mandando nas pequenas coisas que podem vir a fazer diferença. O tempo o dirá.

5 de setembro de 2014

3 de setembro de 2014

Exposição


Existem muitas palavras que poderia usar para falar deste tema, mas, acho que nem todas as palavras do mundo poderiam descrever a revolta que sinto perante certas situações que vejo acontecerem no mundo.
Incomoda-me que milhões de pessoas insistam em viver na ignorância, no extremismo religioso, na intolerância e na pobreza. Incomoda-me que uma religião insista em seguir um odio fanático e desejar a morte a todos os "infiéis" e vir depois exigir o respeito da humanidade.  Incomoda-me que cada vez que o resto do mundo se tenta debater pelos direitos humanos daqueles que eles oprimem (dentro de portas), eles ainda se fechem mais e criem mais regras e leis divinas para reforçar as suas escolhas. Incomoda-me que todo um povo ponha e disponha da vida das mulheres e meninas como se elas nada fossem. Incomoda-me que um povo obrigue as suas crianças e mães a viver numa pobreza miserável onde a falta de ensino é o ponto chave para a evolução da sociedade no seu todo.
Incomoda-me tanto que vou ter que parar de escrever o que me incomoda sob pena de dizer o que não devo/posso.
"Too Young to Wed" no átrio central do edifício sede da Caixa Geral de Depósitos (Av. João XXI). Estará aberta ao publico de 1 a 15 de Setembro entre as 9h00 e as 19h00 com entrada livre.

2 de setembro de 2014

Coisas novas


"Fomos" a uma aula experimental de Karaté.
Para ele foi uma alegria, um corrupio sem parar, acabar mais depressa e ser sempre o primeiro a chegar, é como ele vê o mundo.
Para a mãe, um desejo (ou esperança enorme) que ele adquira alguma disciplina e um pouco mais de controle sobre as emoções... Vamos ver.

29 de agosto de 2014

É proibido


Nestas férias a criança cá de casa passou bastante tempo com os avós. Dos muitos passeios que fizeram a três, com a atenção centrada nele, resultou uma aprendizagem bastante extensa, senão completa, de todos os sinais de trânsito. Agora é andar na estrada e ele constantemente a debitar conhecimento. Admito que acho muita piada, afinal a criança só tem 4 anos e já sabe a lengalenga toda de cor. 
Hoje, quando ganhou a caixa de (3) ovos de chocolate, feliz da vida admirou-a de todos os ângulos. Quando a virou ao contrário maravilhou-se e exclamou:
- Mãe olha, proibido ficar triste!
Uma ternura.

O Museu do Brinquedo

Era algo que queríamos muito fazer, visitar o museu antes da sua morte anunciada.
Gostei de rever muitos dos brinquedos que chegaram a fazer parte da minha infância. Mas acho que este espólio cujo destino (após dia 31) desconheço, merecia mais. Merece estar exposto, merece ser visto e merece um espaço melhor. O Museu do Brinquedo estende-se por três pisos sem grande espaço para exposição, algumas vitrines estão de tal modo cheias que a atenção se perde na confusão, nem dá vontade de ficar a olhar. 
As pessoas que lá trabalham pareceram-me revoltadas e já sem vontade. 
Não sei se existe esperança para os brinquedos, espero que sim, afinal pelos brinquedos compreendemos a sociedade, compreendemos a evolução da educação e dos costumes. A brincar as crianças sempre reproduziram os comportamentos que viam nos pais/familiares. Que melhor espelho podemos nós querer para nos conhecermos melhor?
Ficam algumas fotos da visita, pode ser que aguce a curiosidade. O piolho cá de casa ficou fã.









E peço desculpa pela qualidade das imagens mas, continuo a contar só com o telefone. Os brinquedos merecem bem mais. O museu fecha as portas no domingo (31).

21 de agosto de 2014

Fomos a Belmonte


Parece que Belmonte está na berra. Fomos lá passar dois dias. Aproveitámos a última noite da feira medieval e passámos os dias com o rabo no Zêzere. 
Para quem nunca lá tinha ido (como eu), recomendo. É lindo, ficámos rendidos. A paisagem é de perder o fôlego, e eu, com as duas máquinas variadas (as duas!) senti-me tão...  tão...  tão miseravelmente inútil!
Ficam as imagens que ainda no inicio consegui recolher e valeu-me (+-) o telefone.

Os dois "passarinhos" que se vêem aqui logo no início, eram (cada um) bichinhos para vários quilos e com um tamanho de assustar o mais distraído dos mortais.
Muitos jogos de época (ou nela inspirados) e muito muito artesanato.
Muita alegria, muita luz, muita cor, muita gente.

A feira




Um pouco da paisagem [pela lente do telefone :(] e a praia fluvial .




Para fugir à cidade, é do melhor.

17 de agosto de 2014

A primeira semana

Entrar de férias a partir da segunda semana de Agosto faz-nos sentir como se não pertencesse-mos ao mundo dos mortais. Os supermercados estão cheios de "regresso às aulas", a roupa nas lojas é já toda em tons de castanhos, bordeauxs e azuis escuros, olho em volta e não vejo nada leve, esvoaçante e colorido, não vejo chinelos nem bóias nem chapéus de sol, nada que me faça sentir aquela leveza de estar finalmente no Verão, de férias. Até o sol se recolhe mais cedo, a cor do entardecer traz já o seu tom dourado a anunciar a estação que se segue.

Bem lá no fundo, não fujo à regra, a primeira semana foi passada a tratar da casa. Acho que vou morrer enterrada em caixas, caixotes, pilhas de livros e sacos de roupas que já não servem. 
O terraço do vizinho de cima já foi arranjado, os tectos cá de casa retomaram a sua cor original (mas não por artes mágicas), todo o escuro da humidade se foi e agora é só mais um bocadinho de coragem para terminar a epopeia, mudámos o puto para um quarto maior. Tínhamos (e temos) um quarto extra que (à falta de ocupante) destinámos a ser o escritório, era maior que o quarto do G e como tinha um isolamento melhor, trocámos. 
Conseguimos realmente enfiar o Rossio na Betesga, não foi fácil, mas ver o piolho com um quarto espaçoso fez-me sentir vitoriosa e recompensou-me o esforço.
A Mia (a gata) acha que o quarto é dela (afinal era a única que não tinha quarto...), ocupou-o desde o primeiro momento. Rebola-se no chão, rebola-se no tapete e dorme profundas sestas. Noutras alturas encontro-a à janela, absorta, a ver o mundo por uma nova perspectiva. E ali fica. Sempre que a vou tirar de lá, regressa à primeira oportunidade. O G não se importa de partilhar. Vamos ver no que isto dá.

Restam duas semanas, muita coisa para arrumar ou simplesmente dar destino. A casa no seu todo parece... uma zona de guerra. O meu filho gosta de espalhar os seus jogos, livros e brinquedos por onde passa. Estamos em pleno processo de a aprendizagem do conceito de arrumação. Quando lhe peço ajuda para arrumar a mesa da sala (cheia de brinquedos dele) ele responde "Mas ó mãe, isto fica tão bem aqui!" 
(suspiro) Vai ser longo!


1 de agosto de 2014

Não parece...

... mas é Verão.














No Verão tudo se passa calmamente, até o tempo demora um pouco mais. 
Vejo as fotos do meu filho no Alentejo e lembro-me dos meus Verões de miúda, dos três intermináveis meses de férias e de todas as aventuras que inventava para me entreter. Lembro-me sempre de me sentar em cima das calhas velhas da rega para ficar mais perto das ameixas e encher a barriga de fruta directamente da árvore. A água passava, e o som que fazia era a única coisa que se ouvia.
E as melancias, as melancias de vários quilos que nasciam por lá. O meu tio Eduardo (tio avô) tinha um orgulho, acho que por estes dias de Verão inchava tanto como elas. Toda a gente lhe conhecia as melancias. 
Pelo fim de Agosto a chuva aparecia e perfumava a terra inteira, era uma chuva rápida e refrescante, eu tinha sempre a desculpa de ajudar a tapar a palha (para não apodrecer) para andar à chuva. 
Andava muitas vezes descalça, tomava banhos no tanque grande (da rega), aprendi a ordenhar, aprendi a conhecer as plantas, aprendi a respeitar os ciclos. 
Nunca me apercebi do tanto que estas férias me davam até ter ficado alguns anos sem lá ir (de férias) e depois voltar. Às vezes tenho vontade de voltar de vez, como se tudo aquilo fosse parte de mim e também as minha raízes lá tivessem ficado plantadas na terra. 
Este sitio onde passei a minha infância, perdi-o de vista lá pelos 15 anos quando os meus tios-avós se mudaram porque o dono quis vender a quinta, as minhas memórias pertencem um pouco a outro lado mas vivem com muita força dentro de mim. Talvez um dia passe por lá para ver se ainda existe, se tiver coragem.
Entretanto, o Verão finge demorar-se, estende-se, entorpece-nos os sentidos e achamos que vai durar para sempre. Até nestes dias menos quentes, o "frio" não pede casaco, o chuvisco não pede guarda-chuva, não incomoda tanto. Estamos mais em sintonia, protegemo-nos menos, somos mais saudáveis. 
Não parece mas é Verão.

25 de julho de 2014

Samuel


Não sei quem é o Samuel, só sei que (sem querer) fiquei com a banana dele.  E prefiro pensar que é uma peça de autor.

E lá fomos nós

Pareceu-me o passo mais lógico, depois da conversa do post anterior. Museu de História Natural, lá fomos nós.






 Mais olhos do que barriga, comprámos bilhetes a contar visitar também o Jardim Botânico mas já não tivemos tempo. Fica para uma próxima, até deve ser bem fresquinho nos dias de calor - quando quer que isso seja.
Mas fazendo o balanço, a ideia foi boa, a criança adorou, e andar ali lado a lado com aqueles bichos, é de coragem, não é para qualquer um, e depois, como o "Parque Jurássico" (o filme) ainda está longe no horizonte temporal, a imaginação não interferiu, não houve medos nem pesadelos na hora de dormir.

18 de julho de 2014

Fósseis


O meu filho perguntou-me quando é que íamos procurar fósseis. Lembrei-me de um pouco mais velha que ele, no Algarve (na praia), andar com o meu pai em volta das arribas, a escarafunchar pequenos fósseis e do entusiasmo que se apoderava de mim quando conseguia retirar um exemplar inteiro.
É daquelas coisas a não perder, a não deixar passar.
Não sei ainda como serão as férias deste ano mas procurar fósseis está já na lista. Se os encontrarmos partilharemos aqui. 
Fica prometido.

8 de julho de 2014

Quando eles nos explicam como se sentem

Aos pulos, depois do jantar, apercebeu-se do barulho do liquido no estômago, lá achou que aquilo não era muito bom e queixou-se:

- Mãe, sinto-me um bocadinho liquido!...


Quando lhe coloquei gelo na testa para acalmar duas picadas de melgas (faz reacção às picadas de melga com inchaços enormes), desconfortável e com um ar muito triste:

- Mãe, dói-me o pensamento!

A vida


Os dias passam a correr, ainda ontem nos queixávamos que Janeiro parecia não terminar e hoje já estamos em Julho. A vida não passa, a vida ultrapassa.
Nada de especial se alterou na nossa vida nos últimos tempos, mas, de alguma forma algo mudou e mudou-nos também.  Se calhar estamos só a "crescer" (uso aqui o termo crescer em substituição de envelhecer). "Crescer" tem a força de nos fazer ver tudo de um ponto de vista mais optimizado, somos cada vez mais selectivos, não que não gostemos já das mesmas coisas, mas seleccionamos melhor, há coisas que não nos fazem mesmo falta nenhuma, eliminamos não só o supérfluo, eliminamos o simples extra. A vida não é mais a mesma. Parece-me.
Ainda estou a tentar perceber.

Quando escolhemos a casa onde hoje habitamos fizemo-lo pelas varandas e pela vista desafogada com o  horizonte a perder de vista. O campo à volta - espaço não construído - foi uma mais valia também. Com o tempo começámos a conhecer a vivência da zona, árvores,  flores e borboletas por todo o lado. O canto dos pássaros cedo pela manhã e até tarde no dia, coelhos e perdizes mesmo ali do lado de fora da janela. Um privilégio para quem vive na cidade, mesmo. E pensar que procurámos casa fora de Lisboa porque dentro eram demasiado caras.
Pode parecer que vivemos num condomínio privado numa zona especial de fauna e flora protegidas... mas não, é um prédio comum, daqueles com graves problemas de construção [dos que não se vêem], daqueles que dão logo sinal de vida mal passam os cinco anos de garantia. O costume, e por isso nos sentimos uns sortudos por podermos apreciar a natureza de uma forma bem natural e ao seu próprio ritmo.
E se há alguns anos os coelhinhos só se aventuravam depois das dez da noite já na protecção do escuro, por estes dias é vê-los às sete da tarde, bem ali a aproveitar a erva fresca, e os melros a ensinarem os filhotes a voar, sem pressas, sem pressões. Os humanos estão a ver, mas estes não lhes fazem mal. Acho que eles já sabem.

Assim, chegar a casa depois de um daqueles dias em que mais vale aceitar e levar a coisa a jeito de resignação, porque "podia ser pior", como fazemos sempre que achamos que não temos alternativa, e por um momento, aquele ali mesmo entre o banho da criança e o jantar que ficou ao lume e que nos deu alguns segundos e a mesa está posta e já não dá tempo para começar uma qualquer outra tarefa, nesse momento, sair à varanda e ver a vida tranquila lá fora, sem pressas, sem medos, e cairmos em nós e acharmos que somos uns idiotas com vidas parvas e correrias cegas sem conseguir aproveitar nada de bom. Sem tempo para ver as crianças crescerem, sem tempo para cheirar as flores, sem tempo para apreciar o tempo. Nesses momentos vale o agarrar a sensação, guardar a vontade ali bem à mão para não esquecer e começar a pensar a sério em mudar de vida. Eu sei que eu estou, estou a pensar a sério, antes que a cabeça dê um nó.

2 de julho de 2014

Junho foi mês de:

Festas de escola

Contrastes

Pores-de-sol memoráveis

Jacarandás

Piqueniques


E arraiais



Cheira a férias.