29 de novembro de 2012

O que somos e o que queremos ser. Nós na vida.

Pertenço a uma família mais comprida do que larga (comprida em idades e estreita em quantidades). Nem sempre foi assim, mas no último terço do séc. XX, onde me insiro (e onde nasci) já o tempo tinha há muito começado a devorar a fatia da largura das épocas  em que o número de filhos se media na casa das dezenas.
Dizia eu que tendo pertencido a uma família de poucos elementos, em que a proximidade sempre se fez na vertical, em que os membros mais novos sempre partilharam das dores das mazelas e apoquentações dos mais velhos e, em que estes últimos sempre atentos, profetizando muitas vezes a desgraça a cada esquina, alertavam de modo intensivo para as agruras que a vida trazia aos menos preparados. Não foi por isso evidente encontrar aquele companheirismo ou cumplicidade que as amizades das mesmas idades trazem. Nem os mesmos assuntos ou interesses.

Assim sendo, sempre fui dada a um certo "grau" de isolamento, um pouco de melancolia mais trazida pelo sossego do que por algum acontecimento triste. Muito dada à leitura e à escrita (daquela que se faz na adolescência) e como se dizia lá pelos brejos, muito dada a ser "bicho do mato" - porque me enfiava na toca e de lá custava a sair. Não é algo que goste ou deixe de gostar, é assim, foi assim. Teve as suas coisas boas e teve as suas coisas más.

Tanto quanto posso, tento que o meu filho (membro desta mesma família) tenha um variado leque de presenças das mais diferentes idades junto dele. Uma vida o mais cheia de gente que me é possível. Ele gosta, ele adora ter companhia embora me peça às vezes para ficarmos em casa porque não lhe apetece sair - momentos de calma e tranquilidade.

Sempre tive por companhia uma cabeça povoada de pensamentos, dezenas de blocos, cadernos, diários, livros. Espaço para percorrer e cães, muitos cães. Se tivesse tido escolha, queria ter tido um pouco mais de confusão, de gente com quem partilhar tudo em vez de viver basicamente dentro de mim (mas sem prescindir dos cães). Ou talvez não, sei lá.

Bom, tudo isto, porque achando que sei o que é melhor, "quero evitar" que o meu filho se torne um ser solitário. Mãe nenhuma quer algo assim para o seu filho. Quero que seja uma criança feliz, rodeade de gente que lhe quer bem para que cresça com a segurança que o amor e a alegria transmitem. Que venha a ser uma pessoa sociável e com muitos amigos.

Por isso, ontem à noite, depois de um pequeno ralhete em que ele ficou chateado, se foi enfiar na cama sem me responder quando falei com ele, e quando finalmente falou para me dizer que estava chateado com ele próprio, os sinos dentro da minha cabeça tocaram todos em alerta. "Mas estás chateado porquê, meu amor?" E muito sério dizia quase mais para ele do que para mim "Porque faço asneiras. Desculpa mamã." Agarrou-me na mão.

Céus! Não, não, não, não! Tens três anos, não te podes chatear contigo. Mas que conversa é essa? Que mundo é este? Que pensamentos te começam a povoar?
És pequenino, faz as asneiras todas e alegra-te com o que os disparates te trazem. Experimenta, descobre, aprende. Ri, ri muito e se quiseres apenas ficar a pensar, pensa na segurança e no amor que te rodeia, na alegria com que podes simplesmente ser criança.
A mãe ralha contigo porque é o que as mães fazem. As mães às vezes esquecem-se que os filhos são pequeninos e querem que eles consigam compreender tudo do modo como elas compreendem. Elas depois lembram-se que não é bem assim...
Tudo que quero é que sejas feliz, sei que não conseguirei evitar que sofras e sei que algum desse sofrimento será aos teus olhos infligido por mim. Doi-me saber isso, mas, a vida segue assim, o mundo não é de algodão e as mães não são seres perfeitos.
Nunca te esqueças que te amo muito.

27 de novembro de 2012

Pequenos passos

Ainda com um longo caminho pela frente mas com o primeiro passo finalmente dado.
 
Lembro-me de uma época em que vivia intensamente certos acontecimentos mundiais. Queria um mundo justo ou um mundo mais justo, principalmente para as mulheres.
Nunca me foi vedado o acesso nenhum tipo de informação, e desde cedo descobri que em certos lugares, países, culturas a mulher valia (e continua a valer) bem menos que os bichos.
Também descobri que muitas dessas culturas, fechadas, permaneciam porque as próprias mulheres aí inseridas apenas se consideravam quando tratadas de acordo com esses seus velhos costumes. Assim o aceitavam e assim o exigiam, porque só assim tinham aquilo que consideravam o respeito.
Mais tarde percebi que o acesso à informação é uma coisa extremamente valiosa. Normalmente e porque não nos custa adquiri-la, nem nos apercebemos do bem que temos.
Não é à toa que um dos maiores degraus na escada do desenvolvimento é o acessso à educação. Quando a mulher é impedida de aprender a ler, nunca conseguirá sair para uma vida que não conhece.
 
Tarde a ONU aprova resolução que condena mutilação genital feminina. E é claro que a ONU aprovar ou não aprovar não nada é se os líderes comunitários e religiosos dos países envolvidos não intervirem. Tudo começa e depende deles. Infelizmente.
Mas pronto, foi aprovada uma resolução e temos que nos alegrar com isso. Já não falta tudo.

Seminário


O Núcleo Português de Estudos Junguianos apresenta pela primeira vez em Lisboa, a 1 de Fevereiro de 2013 no CCB, o Seminário "Interpretação dos Sonhos - Uma perspectiva Junguiana" com o autor, professor e analista Murray Stein.
 
--O seminário será dado em Inglês--
Data: 1 de Fevereiro de 2012, 6ª feira
Local : Centro Cultural de Belém - CCB
Hora: 20:00 às 22:30
Valor:
- Para público em geral: 
40€  ou 30€ até ao dia 10 de Dezembro 
- Para alunos e ex alunos do curso de Introdução à Psicologia Junguiana:
30€ ou 20€ até ao dia 10 de Dezembro
     
Informações e Inscrições:
     
 

26 de novembro de 2012

23 de novembro de 2012

Querido Pai Natal

Kaufmann Mercantile Store

Tenho tantas saudades!
Podes fazer alguma coisa sobre o assunto?

E porque não?


Nem é preciso pensar muito.
Porquê perpetuar ódios? Porque é que os pais incutem sentimentos maus nos filhos?

Volkswagen T1 Camper Van

Imagens da net

Apaixonei-me.
Linda, assim ou no tamanho original, é daquelas coisas...
E é um daqueles presentes que os pais vão achar mais piada que os filhos.
Daqui.

22 de novembro de 2012

Ontem no caminho para casa

18:30(+/-), só os dois no carro, na Cril no meio do trânsito, no rádio começam os primeiros acordes de awolenation "sail", e diz a criança muito depressa:
- Põe mais alto, põe mais alto!
A mãe pôs e depois olhou para trás sorrateiramente, o filho olhava distraidamente pela janela enquanto abanava a cabeça ao ritmo da música.
Não consegui deixar de sorrir, pelo menos gostamos os dois da mesma música. Não sei se para o Natal o cd da Maria de Vasconcelos será ainda boa ideia...

Já perto de casa (ainda no carro) ouvi-o cheirar (alto)
- Cheira a qualquer coisa - disse.
- A quê?
- Cheira a pum!
- Então foste tu - disse eu
- Não, eu não fui - disse tão sério que me convenceu.
- Ó filho, se te cheira a pum, a mamã não foi, só podes ter sido tu.
- Não fui não. Eu acho que foi o pai!
Ri à gargalhada.

Não se esqueçam

imagem retirada do tumblr

Notas de rodapé

Aqui,
aqui,
aqui,
 ...
Coisas da nossa vida, do nosso país, do nosso mundo.

21 de novembro de 2012

É assim

Porquê?

O meu direito de opinar

É verdade, temos o país que temos, as dificuldades que temos, os governantes que credulamente fomos elegendo sem nos apercebermos da sua ignorância, da sua incapacidade de ver um mundo em mudança.
 
Temos em mãos um trabalho árduo enquanto sociedade, libertarmo-nos das amarras (as que criamos e as que nos criam), revolver a terra - como o arado prepara o campo para o cultivo - e plantar a semente de um caminho estável para próxima geração.
Deitar a baixo aquilo que já não serve, busquemos forças naquilo que nos inspira e não insistamos mais nos velhos modelos obsoletos.
 
Estamos em mudança, em renovação. Podem ser tempos interessantes de uma forma positiva. Lutas gratuitas e desenfreadas não nos levam a lado nenhum. Inspiremo-nos no futuro, no bem que daí virá.
 
Pela minha parte, ou pela parte que me cabe (independentemente do meu voto) despeço o Governo e aquela assembleia vergonhosa. Começo por acabar com aquela regra ridícula que só serve a quem lá está, de só se poder "concorrer" (aos destinos do país) quando integrado em lista partidária. Sou contra! Completamente contra! Nenhum partido me serve, são todos iguais, não quero nenhum. Nem tão pouco os quero à frente do dos destinos do meu país.
 
Lembram-se das aulas de Ciências? Biologia? Acho que já era Biologia, 7º/8º ano (não tenho a certeza), as relações entre espécies/organismos? Nunca mais me esqueci (vá-se lá saber porquê) havia a simbiose (++), comensalismo (+0), parasitismo (--)...  Assim estamos nós, uma sociedade criada pelo Homem para o Homem deveria ser acima de tudo uma relação pelo bem mútuo, de simbiose, positiva para ambas as partes - em caso extremo comensalismo, vá, benéfica para um, sem prejuízo ou dano para o outro. A verdade é que já nem de parasitismo se trata, neste momento, e brincadeira à parte, o caso toca já as raias do canibalismo. Há gente a passar muito muito mal por políticas canibais que nos consomem a todos os níveis. É impossível que as cúpulas que nos governam estejam tão isoladas que não vejam, neste momento é impossível, e compactuar com este tipo de situações, já se torna criminoso. Já é prejudicar sabendo que o faz.
 
O país é o mesmo desde que "nasceu", tem as suas características imutáveis como qualquer outra entidade, mas não me parece que nos possamos, para sempre, reger por leis que só vão beneficiando o Estado Gordo, este Estado de má fé que agora temos.
Não percebo nada de política, nem de leis, nem de tantas outras coisas mais simples. Mas percebo de ter um filho para criar, percebo de olhar para todos os lados e ver as paredes a apertar. Percebo de ver um único caminho, cheio de incertezas, a apontar daqui para fora, suportado pela revolta, pelo desespero, pela desilusão, quando esse caminho deveria ser a escolha da busca de novos mundos pelo desfaio de novas experiências.
 
Gosto do nosso país, gosto muito de Portugal, tenho esperança, tenho fé no impulso que se dá quando depois do salto levamos os pés no fundo da piscina para subirmos com força em direcção ao oxigénio.
Temos um país fantástico, com gente esforçada, trabalhadora, honesta (na maior parte dos casos) e acima de tudo, resiliente. Um país com um clima fantástico, comida boa, paisagens lindas, um sol de fazer inveja. Terra fértil, matéria prima. Amigos, raízes. Recuso-me a deixar o lugar a que pertenço.
E o que é que eu faço? Para já o mesmo que os outros, digo mal!
 
Não tenho receitas. Sei apenas que se o que temos não é bom então, talvez devesse acabar, mas não sem antes se poder preparar o caminho para algo de novo se poder criar. Não tenho dúvidas que qualquer Mãe/Pai de família que lute para sustentar o seu lar, sem vícios, sem excessos, saberá de certeza gerir melhor  os destinos deste país, porque sabe qual é o seu limite, não se deixa ir em conversas e não prejudica nínguem em benefício de outrém.
 
E se eu estiver errada?
Bom, então nada de preocupações, não é dentro de um mês que está previsto o mundo acabar?

20 de novembro de 2012

O Dia Universal da Criança

É preciso não esquecer que hoje é o dia Universal da Criança.

«Em 1954, a Assembleia Geral [da ONU] recomendou [resolução 836 (IX)] que todos os países instituíssem o Dia Universal da Criança, para celebrar a fraternidade e compreensão entre as crianças do mundo inteiro e organizar actividades adequadas à promoção do bem-estar de todas as crianças. Propôs que celebrassem o Dia na data e da forma que cada um considerasse mais conveniente. A 20 de Novembro assinala-se o aniversário do dia em que a Assembleia aprovou a Declaração sobre os Direitos da Criança, em 1959, e a Convenção sobre os Direitos da Crianças, em 1989.» Fonte NU

A Convenção sobre os Direitos das Crianças manifesta os direitos civis, políticos, económicos, sociais e culturais de todas as crianças e também as respectivas disposições para a sua aplicação.
Esta Convenção não é uma mera declaração de principios gerais, é hoje um vínculo jurídico para os países que a instituiram. Devem estes países adequar as suas normas e leis às da Convenção para uma promoção eficaz dos direitos e Liberdades aí consagrados.

Já aqui o disse uma vez, apenas os Estados Unidos e a Somália ainda não ratificaram a Convenção sobre os direitos da criança.

"A Convenção assenta em quatro pilares fundamentais (...)
  • A não discriminação
  • O interesse superior da criança
  • A sobrevivencia e desenvolvimento
  • A opinião da criança
A Convenção contém 54 artigos, que podem ser dividido em quatro categorias de direitos:
  • Os direitos à sobrevivência
  • Os direitos relativos ao desenvolvimento
  • Os direitos relativos à protecção
  • Os direitos de participação "                                                   Fonte Unicef

Posto isto, estamos (a humanidade no seu todo) longe, estamos muito longe do cumprimento. E "penalizações" para os países não cumpridores? Para os obrigar a "policiar" aquilo que deveria ser natural em cada ser humano, tratar dos seus, proteger, amar e  acarinhar as suas crianças.
Cabe a cada um de nós fazer, como sempre, o melhor que sabe, com todo o amor que nos é possível. E inspirar outros a fazer o mesmo, ajudar de algum modo, alertar, proteger.
Talvez um dia casos de crianças em situação de risco existam apenas nos livros de História, na secção de História Obscura da Humanidade.

Viva o dia do Pijama

É Dia Nacional do Pijama
 
E assim fomos para a escola


A casinha dos pijamas já com alguns donativos

As casinhas com donativos em dinheiro

Os amiguinhos

E os trabalhos feitos em grupo (em casa) com os pais
 
Foi contagiante, a alegria era total. Só faltava aparecer o Pai Natal.
Saí da escola tão bem disposta com a alegria deles, espero que consigam contagiar toda a gente.
72 mil crianças a ajudar outras crianças, é bonito, é bom e alegra-nos a todos.
Feliz dia do Pijama.

A Fábrica da Pólvora

Andávamos para lá ir desde o nascimento do G (já lá vão três anos), fomos este fim de semana.
Um espaço extremamente bem aproveitado para o lazer (e cultura), dá para levar um livro e passar uma tarde tranquila.
Muito bonito e muito bom para as crianças. Também dá para levar as bicicletas, só é preciso que não chova.
Inicialmente uma fábrica de armas fundada por D. Manuel I, mais tarde dedicada apenas ao fabrico da pólvora, com as águas da Ribeira de Barcarena para mover as Galgas. Hoje muitas das peças podem ver-se no museu da Pólvora Negra (ali instalado).
Para além de espaço de passeio com inumeros recantos tranquilos tem também parque de merendas e infantil, circuito de manutenção, restaurantes com música ao vivo e auditório para 700 pessoas.
Recomendamos.




19 de novembro de 2012

Palestra (Parte II)




Foram cerca de duas horas, uma plateia cheia e uma tarde que se dividia entre o sol e a chuva.
Receber informação sobre o que nos move, desmistificar ideias e teoria (da conspiração), perceber as causas e as origens, compreender o funcionamento e ficar a conhecer um pouco mais de nós próprios.
Boa companhia, boa conversa.
Uma tarde muito bem passada.


Desenhar até cair para o lado

À segunda é que se começa a semana e com o fim de semana em vista (para muitos de nós é essa a motivação) deixo já uma sugestão fantástica AQUI.

15 de novembro de 2012

Feng Shui Interior

Muito interessante para uma arrumação interior

Ninguém está livre da desorganização.
A desordem forma-se sem que se perceba, nem sempre é visível e é inimiga da prosperidade.
(...)desordem provoca cansaço e imobilidade, faz as pessoas viverem no passado, engorda, confunde, deprime, tira o foco de coisas importantes, atrasa a vida e atrapalha relacionamentos."

Para evitar tudo isto anote oito regras para dominar a desordem:
    1. Deite fora o jornal de anteontem.
    2. Só ponha uma coisa nova em casa quando se livrar de uma velha.
    3. Tenha latas de lixo espalhadas nos ambientes, use-as e limpe-as diariamente.
    4. Guarde coisas semelhantes juntas: arrume roupas no armário de acordo com a cor e fique só com as que usa mesmo.
    5. Sexta-feira é dia de deitar papel inútil fora.
    6. No dia 30 por exemplo, faça uma limpeza geral e use caixas de papelão ou sacos de plástico. Depois de as encher, deite tudo fora.
    7. Organize devagar: comece por gavetas e armários e depois escolha uma divisão da casa, faça tudo no seu ritmo e observe as mudanças a acontecerem na sua vida.
    8. Faça uma lista de atitudes pessoais capazes de esgotar as suas energias. Conheça cada dessas acções para evitar a 'crise energética pessoal: (...)"
 
Para continuar a ler clique aqui

Disfunções

Que estamos com muitos problemas, não é novidade. O governo dá os passos que dá, as pessoas cada vez mais pobres, as empresas cada vez com menos capacidades, com mais cortes, com mais pagamentos para sustentar a dívida (porque já nem é para gerar riqueza, é para pagar dívidas)... Cada vez tenho mais a certeza que a maior disfunção do Homem é a política.

Vem aí o dia Nacional do Pijama



Lá em casa está tudo preparado, até temos um trabalho para fazer com cartolinas e levar para a escola.
Vamos ajudar?
O IPO também precisa de pijaminhas. Cada um de nós pode ajudar à sua maneira, as necessidades são tantas.

14 de novembro de 2012

Dicas e truques fantásticos

O primeiro recebi por e-mail e na minha busca pela fonte, descobri o segundo.
Ideias bem boas que quem descobre partilha com o mundo.

Aqui e Aqui.

13 de novembro de 2012

3D



Lembram-se daqueles livros 3D que fizeram furor aqui há uns anos? O principio é o mesmo, trocar um bocadinho os olhos até apanhar a imagem com profundidade. A partir daí, desde que não haja interferência de qualquer referência da dimensão física, fica-se durante horas com uma capacidade de visão alterada.
Apreciem e aproveitem para exercitar o cérebro :)

O Coração da Cidade

O Coração da Cidade è uma IPSS nascida na década de 90 para apoiar, com refeições diárias, os sem abrigo da cidade do Porto. Três anos depois começou por estender este apoio a toxicodependentes, e logo depois já apoiava emigrantes de Leste e, mais tarde,  desempregados e idosos.
E porque vivemos tempos difíceis, todas as ajudas são poucas. Uma amiga do norte pediu-me que ajudasse a divulgar. Segue-se o e-mail que recebi.

Amigos…

A partir de 1 de Novembro O Coração da Cidade abre com um novo projeto de âmbito social, que vai revolucionar a cidade...junte-se a nós...

Faça a ponte entre O Coração da Cidade e aqueles que por vergonha ou desconhecimento não sabem como se alimentar por um preço baratíssimo...
É um serviço de TAKE AWAY, de Segunda a Sábado, que vai ajudar muitas famílias recém-desempregadas ou com trabalho precário que podem fazer a sua refeição por um preço muito baixo...

O preço base para uma refeição (sopa, prato e pão) é de 1,50), que vai subindo 0,50 cêntimos por cada pessoa conforme o agregado familiar...

* uma família com 1 pessoa -1,50€
* uma família com 2 pessoas - 2,00€ - cada refeição paga 1,00€
* uma família com 3 pessoas - 2,50€ - cada refeição paga 0,83€
* uma família com 4 pessoas - 3,00€ - cada refeição paga 0,75€
* uma família com 5 pessoas - 3,50€ - cada refeição paga 0,70€
* uma família com 6 pessoas - 4,00€ - cada refeição paga 0,67€

Esta foi a fórmula que O Coração da Cidade encontrou para ajudar quem não consegue alimentar os seus familiares o mês inteiro...
Mas este programa também se deve ao facto de muitas famílias já não terem capacidade de cozinhar porque não têm gaz, eletricidade ou água...

Como não temos ajudas do estado, só podemos chegar até aqui...

Juntem-se a nós... necessitamos de contactar empresas alimentares de todo o género, produtores e fornecedores, empresas de embalagens...
Ajude-nos a ajudar...
Venha lutar connosco...
ligue se pretende estar connosco... mesmo que seja um voluntário virtual...

lasalete...
914715793

De momento O Coração da Cidade está a precisar;

O Coração da Cidade necessita de um balcão para sobremesas...quem souber de alguém que tenha um para oferecer por favor diga... lasalete...
914715793
O Coração da Cidade necessita de um cortador de legumes industrial se conhecer alguém que nos possa oferecer um por favor contacte ... lasalete...
914715793
As nossas facas já são muito velhinhas, quem quer ajudar a comprar umas facas melhorzinhas? Vamos necessitar de boas ferramentas porque vamos ter muitos legumes e muita carninha e peixinho para cortar... lasalete...
914715793

Obrigada a todos!
Lurdes

Coração da Cidade
Rua Antero de Quental 806,
4200-066 - Porto22 502 5555
22 502 1111
22 502 7788
coracaocidade@sapo.pt
http://ccidade.no.sapo.pt/blog.html
http://ccidade.no.sapo.pt/quemsomos.html

Digam de Vossa justiça

Tem razões de queixa?
Aproveite.

12 de novembro de 2012

O mundo a brincar





E foi assim a brincar que se percebeu mais ou menos como funciona o mundo (uma parte).
Chegámos e após a inscrição (onde um adulto recebe uma pulseira que corresponde à da sua criança), fomos entregar os brinquedos que já não se usam. Por cada brinquedo foi-nos dado um valor em "giros" (moeda deste mundo de brincar). Com esses giros fomos às compras.
Ele escolheu, contou as notas, entregou-as e recebeu o carrinho em troca. Comprou ainda um loto do Noddy e um puzzle de madeira também do Noddy. Tentei não interferir ao máximo, afinal os brinquedos eram dele, ele decidiu que brinquedos entregar (embora tenha custado um bocadinho e não tenha saído de casa sem um arrependimento de última hora). O "dinheiro" pertencia-lhe e ele decidiu onde gastá-lo.
Falou das compras que fez e hoje lá levou o Loto para a escola e contou a quem quis ouvir que o tinha comprado no mercado dos brinquedos.
Para o ano há mais.
Recomendo, a iniciativa vale a pena.

São Martinho na Vila de Oeiras




Eclipse total do Sol

Imagem retirada da página da NASA
Vem aí mais um eclipse total do Sol.
E para não variar, é já ali, vamos poder vê-lo... na televisão (ou na net) ou quem quiser, num instantinho dá um pulinho  ali a baixo à Austrália.
Na manhã do dia 14 na cidade de Cairns (não esquecer que são menos 10 horas cá) uma hora após o nascer do sol, mais concretamente com o sol a 14º de inclinação (para os mais meticulosos).
Mas nada de grandes expectativas, é coisa para durar 2 minutinhos... sem "chalaças" nem alusões a coisa nenhuma.
Para quando... uma coisinha assim diferente por terras lusas? (A vinda da Merkel não conta).

9 de novembro de 2012

what if?

imagem retirada do tumblr

Raise a whole generation (ou a whole nation, como o outro).
Bom fim de semana.

8 de novembro de 2012

Este nosso mundo


O «Mundo Giro» está de volta para promover junto dos mais novos noções de valor, partilha e responsabilidade social e cívica. Dirigido a famílias com crianças entre os 2 e os 10 anos de idade, o evento vai decorrer nos dias 10 e 11 de Novembro, no Mercado Municipal de Oeiras, contando chegar a outros concelhos do país, até ao final do ano lectivo. A entrada é livre e decorre das 10:00 às 18:00.
O Mercado Municipal de Oeiras foi o palco escolhido para receber as mais de mil crianças e familiares que são esperados nesta segunda edição do evento. Para participarem na feira de brinquedos, as crianças apenas têm de levar brinquedos que já não usem e se encontrem em bom estado. A cada brinquedo será atribuído um determinado número de«GIROS» – a moeda da feira – que poderão utilizar na compra de brinquedos«novos» usados, em guloseimas ou para saltar no insuflável.
«O objectivo do Mundo Giro é ser uma forma lúdica de ensinar as crianças a perceber noções básicas de valor, como o valor dos brinquedos, compra e venda, e gerir um orçamento finito, tendo de fazer escolhas de entre as várias alternativas onde quer gastar o seu dinheiro», explica Bernardo Alegra, managing partner da On Spot, agência por detrás da concepção e implementação do evento.
«Além disso, é também uma maneira de lhes ensinar a partilhar com quem tem menos, pois no final da feira, todos os brinquedos que não forem comprados serão entregues a instituições de solidariedade social ou ONG», acrescenta ainda o responsável.
O Mundo Giro é uma organização da KDZ, departamento de marketing infantil da On Spot Marketing e do Reshape. Na implementação deste projecto estão envolvidos mais de 25 pessoas, entre colaboradores e voluntários.
Que ideia tão boa.

7 de novembro de 2012

Desmistificar "pré-conceitos"

Cada um de nós, nesta realidade, neste tempo, neste país, e eventualmente em cada família a que pertence, tem o direito e a sorte de ser  livre de acreditar naquilo que quer. No entanto, muitos não falam daquilo que gostariam por receio de critica ou mesmo de "marginalização"(pois, é uma palavra forte mas por vezes é o que acontece) dentro da comunidade (casa/família/trabalho) em que se inserem. Resta-lhes um ou outro amigo em quem confiam e a sempre presente internet onde alimentam a fome de conhecimento.
Não me refiro a nada de esquisito (para mim), embora este parágrafo seja válido para todos os tipos de coisas, boas e más.
Passo a explicar:
Gosto de Astrologia, acho muita piada a numerologia, ao tarot já acho uma piada "intermédia", não me fascina por aí além porque também não tenho conhecimento suficiente. Das Runas o meu conhecimento é pouco, ainda não tenho ideia formada.
Gosto de Reiki. Acredito piamente que andamos aqui nesta vida e que voltaremos na próxima, e na outra e na outra depois dessa, assim como já cá viémos uma série delas.
São coisas que podem ou não fazer sentido de acordo com o conhecimento que procuramos sobre elas. Somos livres de o fazer se assim o entendermos e desejarmos.

Este post vem na continuação da Palestra de Astrologia que postei aqui há uns dias.
Não estudei Astrologia, não creio que alguma vez o venha a fazer, mas nunca se sabe... e gostava de dizer umas coisas sobre o assunto, coisas que fui "apanhando" ao longo dos tempos, pela convivencia, pela amizade, pela curiosidade e pela conjugação de vários temas que ao fim de algum tempo nos aparece em frente aos olhos e então faz-se luz.
O Astrólogo há muito que deixou de ser o velho de barba branca debruçado sobre uma mesa de toalha escura. Deixou o bastão e o chapéu de lado, iluminou a sala e é uma pessoa igual a qualquer outra mas com uma percepção mais atenta da realidade. É uma pessoa que não raras vezes se encontra debruçado sobre um ou mais livros, e que para conseguir chegar ao ponto de ajudar e alertar quem o procura, tem que questionar e compreender a fundo para poder conseguir explicar exactamente. E é um ser humano.

Mais uma vez, não sou astróloga e, como leiga na matéria, talvez possam acompanhar-me neste meu raciocínio.
Aprender uma definição num livro já não é suficiente, se não lhe pudermos juntar o ensinamento da prática (a tal escola da vida) então, temos que procurar complementar o conhecimento entrando por outras áreas. Só assim construímos  bases fortes de sustentação para permanecermos de pé por todo o caminho.
Faz falta, às ciências exactas, um lado mais metafísico, uma porta ou uma janela aberta à parte  não racional. Deve haver espaço para mais. O contrário também á válido, claro, há que compreender, aceitar  e principalmente aproveitar os vários caminhos à disposição.
A Astrologia é um bom exemplo disso, os clássicos gregos e a mitologia providenciaram nomes, histórias, características, símbolos e arquétipos que fazem todo o sentido. A  Astronomia (-nomia) ajuda a compreender o "funcionamento" dos astros. A física explica os movimentos, atracções , gravidade, etc. A religião (em todas as suas vertentes) dá no seu conjunto a abertura  para uma consciência diferente.
Há uma complementaridade (na vida) que não pode ser ignorada. As partes são essenciais ao todo, complementam-se e trazem a luz, a informação, a verdade. É assim em tudo na vida.

Com a Astrologia aprendemos que existe uma chave, nascemos num determinado momento e determinado sítio que estão sob determinadas influências (assim como nascer numa determinada família  exerce uma determinada influência sobre nós). Passamos toda a vida com a chave na mão à procura do caminho que nos leve à porta certa. Se tivermos a sorte da nossa cabeça nos permitir pensar "fora da caixa" e nos permitirmos procurar as verdades que nos dizem respeito, talvez consigamos perceber que a chave e a porta estão em nós. Nós somos a chave para a nossa própria evolução. A responsabilidade é nossa. E esta responsabilidade significa o poder de introduzir a mudança (na nossa vida).

À falta de um fio condutor mais metafísico, podemos sempre fazer uma pequena análise sob um ponto de vista mais... racional.
Falava há pouco (lá atrás) sobre a "interligação" que cria fortes bases de sustentação, vejamos a Astronomia com a história e a ciência/fisíca.
Júpiter, por exemplo. Na Grécia clássica Júpiter (Zeus na Grécia, Júpiter é o equivalente romano) era o "rei" dos Deuses e dos homens, o rei justo, o protector da terra, o deus da abundância, o que manda expansão. As suas virtudes: a lei, a moral, a verdade, a ética. É o Juíz supremo O Arquétipo: o pai, o protector, o grande benemérito. O símbolo: a alma ao lado do homem (nem acima nem abaixo).
Em Astronomia, Júpiter é o maior planeta do sistema solar, sempre permaneceu e permanece um protetor da Terra. Júpiter tem um imenso campo magnético, uma força gravitacional tremenda que absorve  muitos dos corpos que viajam para dentro do sistema solar preservando a terra de muitas colisões, uma autentico "anjo da guarda".
Cada um de nós nasceu num momento único de posicionamento dos planetas, e a carta astral representa esse momento, é o desenho/representação do céu no momento do nosso nascimento.
Sendo cada um de nós o tesouro, o centro do próprio mapa, estamos sujeitos  às energias de todo o sistema solar sobre as energias do nosso nascimento. Confuso? Não, é como se em vez de um interruptor tivéssemos um regulador de intensidade na nossa lâmpada, e conforme a passagem de certas influências (maior intensidade de corrente) a lâmpada brilhe mais ou menos.
Júpiter em trânsito pelo céu (mapa) de cada um, vai, como qualquer outro planeta, influenciar-nos  de acordo com as suas características. Assim, júpiter, quando passa , aumenta intensidades, expande (pela positiva) ou exagera (pela negativa). Com júpiter nada é pequeno. Júpiter com bons aspectos (boas influências dos outros planetas) revela os valores mais elevados do homem. Júpiter rege o signo de Sagitário, a alegria de vida, o prazer de viver, o perseguir a verdade maior, a busca espiritual. Um "sagitário (positivo)" é um mestre que guia os outros pelo caminho da verdade maior, é um professor, é a alegria. Pela negativa, é uma pessoa com a mania que ele é que sabe, é o autoritarismo.
Isto são linhas gerais, claro. Depois os outros aspectos poderão camuflar, esconder, aumentar, etc. E veio o Sagitário à baia porque queria falar de Júpiter...
Por exemplo, Plutão (para não falar só de um) é o planeta que mais se afasta do sol. Tem uma orbita excêntrica, tem uma intensidade máxima. A área do mapa onde ele "aparece", é (em termos gerais)onde se investe mais na vida. Plutão é a necessidade de controlar até percebermos que temos que nos transformar a nós próprios. É a maior capacidade de transformação.
É o último planeta, representa a fronteira entre o conhecido e o desconhecido). É o desconhecido absoluto, sendo o mais afastado do sol, representa a nossa parte mais escura. Plutão é um arquétipo coletivo - ódio ou admiração coletivas. A Alemanha Nazi ou a caça às bruxas na idade média são dois bons exemplos. Plutão é a morte do ego e o nascimento para a liberdade. Como último planeta do sistema solar, uma das suas características é levar as coisas ao extremo. Plutão é tudo ou nada. É Poder, Intensidade e Profundidade. Pela positiva usa esta capacidade para se transformar, para saber quem é. Pela negativa, tenta manipular e controlar os outros, intenso e obsessivo.

(pausa para respirar e avaliar o que foi escrito até aqui)
Se conseguiram chegar com a leitura até aqui, parabéns... eu às vezes deixo-me levar pela conversa.
Mas é fascinante (certo?), e quanto mais se sabe, mais vontade tem de se saber sobre tudo o resto. Mas dá trabalho e é preciso muito tempo e dedicação.

Li muita coisa para fundamentar o que aqui tenho escrito porque não sendo da área tenho que ver se não escrevo disparates. Confesso que procurei e retirei muita coisa da net, naquelas altura em que andamos mais virados para assuntos específicos, e porque já fiz isto há algum tempo,  não faço a minima ideia das fontes... Sei que fiz busca normalíssimas, pelo nome dos planetas, por trânsitos de planetas. A maior parte da informação vem do Brasil mas já se vai encontrando informação muito boa feita no nosso país. A minha principal fonte são as conversas com o Astrólogo (himself), a Palestra de dia 17 é um excelente exemplo.

Fazer este testamento todo para quê? Porque às vezes vejo o "pré-conceito" a dançar por aí, a impedir que as pessoas prossigam na sua busca de conhecimento, às vezes o caminho que nos pode levar a encontrar esclarecimentos sobre nós próprios e ajudar em determinadas áreas, pode estar em ler algo do género. De um qualquer texto escrito por alguém que faz ou diz coisas "esquisitas", pode vir um novo caminho que nos leve a uma luz que nos ilumine para o resto da viagem.
E quantas vezes o preconceito é incutido, quantas vezes se fazem juízos, se emitem opiniões porque  sempre se fez de determinado modo? Vivemos pressionados pelas nossas crenças, pela nossa teimosia. A Astrologia explica bem isso.

E peço desculpa pelo exagero, devo ter Júpiter a passar pela casa "das letras"...

5 de novembro de 2012

Monday morning

Chegar à escola com a "feliz preocupação" de tratar bem do amiguinho.

O que se guarda dos fins de semana


Bons pensamentos

Imagem do tumblr

Aos meus comentadores residentes

Que é como quem diz, às minhas comentadoras residentes (porque são mais as comentadoras que os comentadores), informo que a partir de agora, ao deixar um (ou mais) comentário aos meus posts, já não vão mais ser incomodadas com a "confirmação de palavras".
Já retirei essa chatice.
Cortesia da minha querida comadre que me guiou passo a passo no processo. É uma querida!

A quem possa interessar, podem ver os passos nos comentários da "Palestra".