31 de março de 2016

Contar Histórias


Um programa que pode ser engraçado para toda a Família. E mais ainda porque o fim de semana avizinha-se  chuvoso.

29 de março de 2016

Num mundo à parte


Imagem tirada da net

Andamos todos tão ligados (ou tão desligados).
Aqui por Benfica, por onde passo todos os dias (e de que posso falar), não é só a população mais velha (que chega à beira de estrada com uma atitude muito própria da idade), é a população nova  também, que se  atravessa na estrada sem olhar sequer.  Porque vão a falar ao telefone envolvidos na conversa, ou porque não podem tirar os olhos do ecran.  É assustador.  Queremos tanto estar ligados que desligamos completamente da realidade.

Na passadeira (e fora dela também) o peão tem sempre prioridade, mas a passadeira não é um livre acesso que protege em caso de embate. O peão pode ter toda a razão, mas depois de levar com um carro em cima, de que lhe serve a razão? Haverá dinheiro suficiente que compense ficar numa cadeira de rodas? Haverá dinheiro que compense a perda de um ente querido?  E haverá condutor que queira mesmo atropelar alguém?

Umas vezes sou condutora e outras sou peão. Não me atrevo a atravessar sem ter a certeza que o condutor me viu. Os carros são máquinas mas os condutores não são, errar é da qualidade humana e são as pessoas que controlam (ou não controlam) os carros. Ninguém é infalível.
Parece-me que pedir aos peões que olhem antes de atravessar não é pedir muito. Atravessar sem olhar por vezes nem dá tempo ao condutor para travar.

Estes sinais de trânsito que apareceram na Suécia parecem um exagero, mas o ser humano é assim, vive no seu mundo, quando não é o telemóvel, é a vida, o trabalho, os filhos, as contas para pagar... Andamos todos tão desligados.
Por favor, olhem para a estrada, façam uma pausa e olhem antes de atravessar. E alertem os miúdos também. 
Quando era pequenina a canção dizia "olha à esquerda até ao meio da rua, depois à direita..."

28 de março de 2016

Março




Março veio, não tão quente como das outras vezes, mas, igualmente desafiador.
Completou-me mais um ano de vida, e, embora muitas vezes nem dêmos conta, esse é o nosso maior desafio. Envelhecer. 
Em português não temos como expressá-lo, os ingleses dizem-no bem, "aging without growing old". Nós, quando muito diríamos "envelhecer bem".
O meu filho rapta-me dos pensamentos, oferece-me as prendas mais especiais. As vezes que diz que me adora compensam  por todas as introspecções que vêm e que estão por vir.

O Dia do Pai levou-nos ao Chapitô, o mano Paulo esteve em Lisboa e dias especiais passam-se em sítios especiais com pessoas especiais. 
Tem uma paixão imensa pelos irmãos. 
"Mãe, adorei a minha primeira vez num bar", pois adorou mas foi por causa do mano e dos amigos do mano e de toda a atenção que recebeu.

Em contraste, a tranquilidade da Páscoa, como qualquer momento passado no Alentejo, é sempre de ar puro e andar na rua. E se os dias de sol de 19ºC se mostraram luminosos e coloridos, não foram os de chuva que nos estragaram a disposição. 

O filho ficou. Nós voltámos silenciosos para Lisboa, faltava-nos algo.






























Está de volta

A senhora dos lenços




8 de março de 2016

Em perspectiva

Dia Internacional da Mulher.
Inspirada pelas imagens e pelas palavras, preparava-me para incorporar este video no blog para que outros se inspirassem igualmente. Porque vivemos num mundo em que o mesmo trabalho tem dois pesos e duas medidas. Porque infelizmente, à partida (e não poucas vezes, à chegada também), a mulher e o seu trabalho valem bem menos.

Depois, seguindo um pouco mais fundo, porque o mundo tem outras realidades, e em perspectiva, aos olhos de quem tem menos, vivemos vidas de sonho,  senti-me quase fútil na minha preocupação com a (des)igualdade. Igualdade é um mundo em que todos, todos somos tratados de igual forma e todos temos as mesmas oportunidades. E porque a vida deve  ser sempre a prioridade, envergonho-me, de neste meu mundo não haver muitas vezes espaço para  esta verdade.
Escolhi outro video de outra realidade, bem mais crua, bem mais válida, bem mais importante para ser divulgada num dia como o de hoje.
Aqui