29 de julho de 2011

Querida Sónia

A Sónia com os resistentes (os outros já foram de férias)
Como em todas as escolas e como com todos os pais, nada é perfeito e em sintonia com aquilo que pensamos e queremos para os nossos filhos.
A escolinha do G não é excepção, e eu não sou excepção, mas, no que toca à "educadora" "que lhe calhou", nada (ou ninguém) poderia estar mais próximo daquilo que eu queria para o G.
A Sónia não foi só óptima em tudo o que fez com eles, tudo o que foi conseguindo transmitir, o que conseguiu trazer para fora deles e como os levou a "construir". A Sónia é também uma excelente pessoa, é meiga, é tranquila, é carinhosa e é firme, e, para um bébé que ali chega aos 9/10 meses que nunca viu o mundo e as pessoas sem ser dos braços de alguém, ser gentilmente recebido com a leveza e o amparo das nuvens, faz toda a diferença.
A Sónia é uma pessoa atenciosa, sempre teve tempo para qualquer questão ou dúvida ainda que às vezes existencial, por parte dos pais. Nunca atrapalhou assunto ou atalhou conversa, recebeu sempre tudo e todos com igual dispinibilidade e atenção. Senti-me sempre atendida e amparada, nunca saí de uma conversa com dúvidas ou baralhada ou de algum outro modo que não fosse de sorriso nos lábios, com se tivesse estado com uma amiga.
A Sónia esteve nesta escolinha durante 16 anos, parte agora para novos vôos, num projecto que lhe diz muito ao coração e que a preenche como mulher e como profissional.
Eu e o G vamos ter muitas saudades mas desejamos à Sónia toda a felicidade do mundo, força, ternura, carinho e amor, muito amor para espalhar por todos os meninos.
Boa sorte Sónia e Obrigado.

28 de julho de 2011

O fim do ano escolar e o orgulho.

Flor para colar no tecto ou parede feita com o copo do compal essencial

O bicho e o respectivo som
Não é mentira nenhuma e nunca o escondi, tenho um orgulho desmesurado do  meu filho.
Ontem veio finalmente o livro (muito aguardado) que reúne os trabalhos de pintura e colagens feitos ao longo do ano na escolinha.
Em quase todas as folhas há fotografis do G a fazer desenhos, a fazer colagens, a fazer de gato, a dançar com a "Pacarida", a "Pacaiela" ou a "Nês". Ele adora folheá-lo e explicar quem é e o que está a fazer.... mas com muito cuidado e sob os nossos olhos de águia, "aquilo" é para estimar.
Foi um autentico tesouro, uma preciosidade que nos apareceu lá em casa, e eu, eu só quero é ficar a ver e folhear com muita calma, a apreciar e a beber cada pequena coisa, vezes sem conta.

26 de julho de 2011

Ilustração de Céo Pontual

26 de Julho, é Dia dos Avós

Por estes dias, uma faringite e 38,5º de febre mantêm-me afastada do meu emprego e muito da vontade e inspiração para escrever.
Gostava, no entanto, de deixar aqui uma pequena referência ao Dia dos Avós, não posso imaginar relacionamento melhor.
Um neto é todo um reviver que trazemos aos nossos pais...
Vejo na cara da minha mãe, por exemplo, quando brinca com o meu filho, que lhe encontra a cada momento coisas minhas, de quando eu tinha a mesma idade... e um rejuvenescimento assim, instantâneo, uma permissão para voltar atrás no tempo, vale ouro, como se costuma dizer.
O meu filho todos os dias pergunta pelo "Fô" e pela "fófó". E tem a sorte de os ver em dias alternados. Quando eles chegam é a loucura total, se por acaso ainda está a jantar, já não come mais, não pode perder tempo, tem que "bincáli" com eles. E até à hora de dormir eu e o pai se desaparecessemos da face da terra, ele nem daria conta. E a excitação dura até o "Fô" e a "Fó" desaparecerem com o carro na curva ao fim da rua, fica pendurado em mim e empoleirado no parapeito da janela para fazer bem adeus e vê-los mesmo até ao fim. O "Fô" e a "Fó" são os seus melhores amigos...  pudera, fazem-lhe as vontadinhas todas.
Para uns e outros e para todos os avós do mundo, um dia muito feliz, de preferência na companhia dos netos.

21 de julho de 2011

Recuos da vida


É por estas e por outras (mais graves) que é sempre bom verificar o travão de mão.
Isso ou nunca discutir com o carro ao final do dia, não vá ele querer ir-se embora de fininho.
E eu que à primeira vista pensei que a carrinha branca tivesse soltado gases durante a noite...




20 de julho de 2011

A arte do "mercado"





Já aqui tinha mencionado as pinturas do parque de estacionamento do Mercado do Chão do Loureiro.
Pois bem, consegui lá dar um saltinho, muito a correr, e estas são as pinturas do piso da entrada.
Por razões óbvias, algumas fotos aparecem com carros à frente...
Mas esta é uma ideia inteligente de pôr a arte ao serviço do cidadão. É agradável, estaciona-se o carro e vê-se uma exposição de pintura.
É diferente (no bom sentido)!

Quem sai aos seus...


Quando dou toranja ao meu filho ele diz sempre:
-"Mamã, mais!"
Pois, é meu filho!

19 de julho de 2011

??!!?!


O meu computador (de trabalho) quando não encontra o teclado dá-me duas alternativas:
Ou carregas na tecla "F1" para evitar esta mensagem de aviso, ou carregas na tecla "Del" para continuarmos a trabalhar.
Pois!

16 de julho de 2011

Que previlégios estarão associados?... Deus sabe!


Na Visão (a revista) desta semana vem um artigo sobre a ordenação de mulheres pela Igreja Católica.
Não é um tema que me seja querido ou sequer chegado. Ao longo dos anos a Igreja Católica muito tem feito (tanto pela mão de alguns dos seus mais altos dignitários, pela prepotencia e falta da tal humildade que o próprio cargo lhes deveria suscitar, como pela de outros com problemas tão ou mais sérios do foro psiquiátrico que permanecem sem "tratamento", refiro-me claro, à pedofilia e outras atitudes menos "próprias" por parte do ser que se diz Humano), a meu ver, para alienar grande parte do rebanho que procura o conforto divino.
Como já disse, a ordenação de mulheres não é um assunto que me fale ao coração mas não me é completamente indiferente por causa da atitude sistemática que a Igreja tem em relação à mulher ( e sim, eu sei que não é só a Igreja Católica). E considero que a Igreja só não perdeu mais fiéis porque tem a sorte de ter nas suas fileiras padres que são autenticos e verdadeiros seres Humanos, que vivem no tempo em que estamos, que conhecem a evolução da sociedade e reconhecem que a vida lhes foi dada por uma mulher.
D. José Policarpo foi uma agradável surpresa relativamente a este tema. Diz ele que "teologicamente não há nenhum obstáculo fundamental" para o sacerdócio feminino. Mas o Vaticano considera o acto "um dos crimes mais graves no seio da Igreja, ao nível da heresia e do cisma, tal como a pedofilia. Estando sujeito à excomunhão, tanto da mulher como do bispo que a tentar ordenar".
E eu pergunto: A mesma excomunhão a que foram sujeitos os padres pedófilos que continuaram (perpetuando essa pedofilia por várias paróquias) e continuam a exercer? Ou outra excomunhão mais severa porque são mulheres?
Bom, tenho pena que oVaticano não me responda a esta questão (porque sou mulher e não sou suficientemente idosa e importante para se dignar a tal), assim como não eleborar uma justificação que vá para além da "questão da tradição".
Concordo com o Dr Moisés Espirito Santo (sociólogo das religiões) quando diz: "A Igreja é regida por concílios gerontocráticos, que se opõem às inovações, por considerarem que os mais novos não podem ter mais previlégios do que eles tiveram." E para as mulheres então (seres menores), nem se fala. E isto diz tudo.
Mal posso esperar para ver as reformas que virão...

15 de julho de 2011

Prestar atenção ao caminho


Ás vezes a vida é um lugar estranho (não é só apanágio do Amor), com todos os seus caminhos, sentidos únicos, becos sem saída, auto-estradas e até saídas de emergência.
Por norma não nos permitimos (a nós próprios) parar, e avelocidade a que por ela passamos não nos dá margem para apreciar a paisagem.
Aqui, não há segunda escolha, mas ás vezes, se tivermos sorte, lá mais para a frente chegamos a um cruzamento onde uma seta nos indica um destino antigo, que julgávamos perdido ou do qual já nem nos lembrávamos, é a vida a mandar sinais. Aí é mesmo necessário parar e prestar atenção sob pena de irmos acabar num sítio que não tem nada a ver com a motivação inicial que nos pôs ao caminho.
E não é permitido pensar que ao fim destes anos todos já não vale a pena... é a nossa mente a sabotar-nos.
O "mais vale tarde que nunca" é uma verdade absoluta, e no que toca à vida, em tempo algum nos podemos permitir deixar passar em branco as linhas com que começámos a escrever a nossa própria história.

Hoje apanhei...


...a lua das 6:18 h.
Também apanhei a das 6:17 e a das 6:19 (entre outras) mas a das 6:18 foi deveras a mais bonita!

13 de julho de 2011

Street Art #5


De comer e chorar por mais


Tenho um amigo que diz que "o prometido é de vidro" e ás vezes é bem frágil.
Mas não é o caso.
Passei finalmente na Xocoa mas como cliente (não só como admiradora) e perdi-me de amores por esta tablete. 90% de cacau, é só para apreciadores mas não tanto como as de 100%. É muito agradável, não é amarga, não é dura e não enjoa.
Experimentei o chocolate de 73%, estava num pratinho em cima do balcão e é tão bom ou melhor.
Por isso, se não forem daqueles que o chocolate tem que ser de leite, estas são opções fantásticas, ainda por cima, é antioxidante e faz mesmo bem à saúde.
E quem melhor nos entende (a nós mulheres) do que este amigo em tabletes (ou em qualquer outra forma)?

11 de julho de 2011

Os dias perdidos

O camião do lixo urbano sobe a rua entre as 13 e as 15 horas.
Um homem conduz e duas moças atrás empoleiradas nos suportes agarram-se ao trabalho com as duas mãos.
No semáforo vermelho saltam do degrau e adiantam trabalho. Sobem a rua, juntam as caixas depositadas nos passeios em pontos estratégicos de recolha.
O camião avança e quase não precisa de parar, elas atiram o lixo, saltam e agarram-se de novo à pega. Nada de novo.
Mas hoje, da cabine, um menino faz adeus pelo espelho lateral, e a mãe, de cara fechada, não repara.
E eu pergunto, que vidas temos nós? Que país seremos quando as nossas crianças em vez de brincarem ou poderem ficar seguras e tranquilas algures, andam na ronda do lixo sem se aperceberem da obrigação que cumprem com a mãe?
São muitas, eu sei, este caso só me indignou um pouco mais por ser o camião do lixo... não desfazendo no trabalho destas mães/mulheres e homens que o fazem. Até porque ninguém sabe o dia de amanhã e com um filho para criar, qualquer coisa eu serei capaz de fazer.

Também tive os meus dias de acompanhar a minha mãe, e o meu filho também já se estreou nessas andanças. A diferença é que hoje em dia não há tempo para nada, não há compensações, quase não há tempo para o passeio no final do dia, no regresso a casa em que tudo se compensa, a companhia, o tempo, os afectos...
Quando tudo o resto falha, há que desdobrar mais uma vez a capacidade que julgávamos já esgotada e lançar mãos à imaginação. Com um bocadinho de sorte tudo se compõe e arruma de maneira a permitir que aquele dia que acordou ameaçador, difícil e complicado, afinal corra fluído, tranquilo e simples, apesar de tudo.
E que a lembrança que fica seja  a de dias divertidos onde se pode ficar um pouco mais perto e atar mais um laço na complexa e permeável  teia das relações humanas.
E depois, perto da mãe a cria está sempre bem, não é?

8 de julho de 2011

Imagens que ficam















Somos todos fotógrafos, uns mais que outros, claro.
Mas o que é que nos move?
Não falando nas fotografias para as campanhas publicitárias, fotografamos porque queremos lembrar, porque queremos mostrar algo ou um sitio, porque achamos bonito ou feio, porque queremos "capturar" um momento e mantê-lo para sempre.
Não sei porque se fotografam certas coisas, eu por exemplo, fotografo portas, adoro portas, principalmente antigas. Tenho centenas de fotografias de portas e não sei porquê. Tenho fotografias de portas com mais de 20 anos (as fotografias, não as portas), vá-se lá saber porquê. Qualquer dia trago umas para aqui.
Mas hoje, hoje resolvi entrar um bocadinho (sem permissão) na intimidade "menos privada" destas pessoas. Não é por cusquice, é um tema como outro qualquer mas aqui especialmente, partilha-se algo, uma cumplicidade que só se tem com algumas pessoas.
Não é o caso mas há imagens que valem 1000 emoções e é tão interessante testemunhar estas partilhas.

Em tempos de festa...



..."não se limpam armas".
O provérbio não é assim, eu sei. Nestes dias a cidade vira um mundo. Em cores, raças, línguas, atitudes,...
No comboio ouvem-se todas as línguas menos Português (vamos tão pasmados a olhar para tudo e todos, que nem nos lembramos de abrir a boca).
E não interessa nada se a Moody's acordou bem disposta ou se ficou ressabiada e "desdenhou" de mais não sei quantas cidades e empresas (parece que nas últimas 48 horas esses senhores dedicaram-se a sério ao nosso país, é uma honra senhores, nunca imaginei...). Para os americanos somos e seremos sempre "Eurotrash" não há nada a fazer, o problema é deles.
O que interessa é que é Verão, está bom tempo, há festivais, caracóis, boas praias e apesar de sermos um povo sorumbático, é nos piores momentos que nos revelamos em toda a nossa grandeza e pujança.
Vai correr tudo bem. Acredito na nossa resiliência.

7 de julho de 2011

Finalmente, tardou mas chegou

E pronto, acabei de saber.
Muitos parabéns ao BCE por finalmente meter as mãos no chão e dar uns coices no "rating" (americano)...

Estará o mundo um bocadinho melhor?

Ainda uma questão de humor

Ah pois é.
Aqui
Quem com cães se deita, com pulgas se levanta. Não é senhores do BCE?
E quem se lixa é aqui o mexilhão.
E depois somos lixo, somos lixo mas eles vem cá todos à lixeira passear, apanhar um bocadinho de sol e depois como o Português é parvalhão ainda os levam todos ao colo ali a almoçar no Estoril ou em Cascais, para os lados do Guincho que é mais bonito e o Americano gosta.
É leve o fardo no ombro alheio.

Pronto, peço desculpa, já estou a destilar veneno...
Vou-me calar.

6 de julho de 2011

Mood - inglês para disposição, estado de espirito, humor ou mesmo maus fígados



Os americanos têm, e perdoem-me a ignorância que não sou do meio, por isso chamo as coisas pelo nome que me parece mais... adequado, dizia eu, eles (e porque não todos os outro?) têm um motor de busca, filtro de busca, penso que para questões de "segurança nacional", que varre  a net (todos os dia? a toda a hora?) e detecta palavras "chave" que possam representar algum tipo de ameaça.
Sim, as tais teorias da conspiração e as manias da perseguição não são só nos filmes...
Palavras como por exemplo: FBI, NSA, CIA, USD, coisas assim, será que já está? Deixem-me só certificar, Barac Obama e Hillary Cinton. Pronto, já deve estar, quero mesmo chamar a atenção deles.
Bom, os americanos são mesmo de humores e estão desesperados e não sei porque carga de água é que eles acham que o resto do mundo lhes haverá de dar ouvidos (principalmente quando não lhes foi perguntado nada) em relação à avaliação das políticas e finanças de cada um. E como a dívida deles é brutal e a moedinha deles está em vias de despencar por aí a baixo, vai daí começam a dizer mal dos outros e a pôr defeito para ninguém comprar.
Refiro-me à nova notação do rating, quatro pontos, para eles somos lixo!
Dizia eu lá atrás que são de humores, e são mesmo, o nome da Moody's diz tudo, "estou mesmo com uma moody de cãozinho"... Depende de que lado que o vento sopra ou do lado da cama para que acordam virados, é mesmo uma questão de "mood".
Aqui há uns anos, havia uma expressão, e não sei se a herdámos de alguma novela da Globo ou de onde é que surgiu, que se usava quando algum sujeito andava "mal disposto", dizia-se: "a mulher dele hoje dormiu de galochas". Nunca soube se "galochas" aqui tem algum outro significado ou conotação, "galochas" para mim sempre foram e são botas de borracha (todas giras) que se usam no Inverno... Mas às vezes sou um bocadinho ingénua.
Aquilo que os outros pensam de mim é problema deles e isso pode ser transposto para aqui e para o nosso país. Porque raios vamos nós dar ouvidos a estas almas? Estamos numa situação difícil, sim, não é segredo nenhum (perdão, JÁ não é segredo nenhum), estamos todos a fazer sacrifícios e a trabalhar para as coisas entrarem nos eixos o mais depressa possível e andam estes parvalhões mal-humorados que não querem ser menos que os outros custe o que custar , atrás de nós com um pau a empurrar-nos para baixo à força toda. Como é que é possível que alguém ainda lhes dê "crédito"? Ora isso é coisa que se faça senhores? Parem lá de "bater no ceguinho" (com todo o respeito..) e preocupem-se com as vossas coisas que não são assim tão poucas. Caraças!
E eu não dei por nada, mas, se calhar o meu marido até dormiu de galochas.

5 de julho de 2011

Na cidade como na praia





Uma banhoca na água fresquinha com que se lava o Terreiro do Paço todas as manhãs e depois, uma bela soneca ao sol.
São mesmo citadinos. Se fossem alentejanos dormiam a sesta... na hora de maior calor

Meu filho



Como mãe do menino mais lindo do mundo, só posso querer (ou aspirar a) que sejas o menino mais tudo de bom e menos tudo de mau que existe.
Sei que haverão percalços ao longo do caminho, farei o meu melhor para te dar a boas bases que necessitas para seres um homem muito feliz, justo e correcto contigo e com os outros. Humilde e empático em momentos e presenças menos felizes.
Forte e corajoso perante as agruras da vida.
Com iniciativa para não esperares que te peçam para agir.
Um homem coerente, de acção e palavra, com memória para a gratidão.
Meigo, gentil e educado.
Atento e compreensivo aos credos e pontos de vista de outros.
Calmo, tranquilo e ponderado.
Amigo dos amigos.
De trato fácil e de bem com a vida.
Um filho, um amigo, um genro, um marido e um pai extremoso e muito muito feliz.
E à falta de palavras, porque neste tema uma mãe nunca consegue dizer o suficiente, junto o poema de Rudyard Kipling de quem faço minhas as suas palavras.
Amo-te muito meu amor.

If (Se)
Se consegues manter a calma quando à tua volta
Todos a perdem e te culpam por isso,
Se consegues manter a confiança em ti próprio quando todos duvidam de ti,
Mas fores capaz de aceitar também as suas dúvidas;
Se consegues esperar sem te cansares com a espera,
Ou, sendo caluniado, não devolveres as calúnias;
Ou, sendo odiado, não cederes ao ódio,
E, mesmo assim, não pareceres paternalista nem presunçoso:

Se consegues sonhar – e não ficares dependente dos teus sonhos;
Se consegues pensar – e não transformares os teus pensamentos nas tuas certezas;
Se consegues defrontar-te com o Triunfo e a Derrota
E tratar do mesmo modo esses dois impostores;
Se consegues suportar ouvir a verdade do que disseste,
Transformada, por gente desonesta, em armadilha para enganar os tolos,
Ou ver destruídas as coisas por que lutaste toda a vida,
E, mantendo-te fiel a ti próprio, reconstruí-las com ferramentas já gastas:

Se és capaz de arriscar tudo o que conseguiste
Numa única jogada de cara ou coroa,
E, perdendo, recomeçar tudo do princípio,
Sem lamentar o que perdeste;
Se consegues obrigar o teu coração e os teus nervos
A ter força para aguentar mesmo quando já estão exaustos,
E continuares, quando em ti nada mais resta
Que a Vontade que lhes diz: “ Resistam!”

Se consegues falar a multidões sem te corromperes,
Ou conviveres com reis sem perder a naturalidade,
Se consegues nunca te sentir ofendido
Seja por inimigos, seja por amigos queridos;
Se todos podem contar contigo, mas sem que os substituas;
Se consegues preencher cada implacável minuto
Com sessenta segundos que valham a pena ser vividos,
É tua a Terra e tudo o que nela existe,
E – o que é ainda mais – então, meu filho,
Serás um Homem.
Rudyard Kipling

3 de julho de 2011

Aprender a seguir viagem



Aprender é próprio da condição humana.
Os animais aprendem, sim, por sentido de preservação, por instinto. Da mesma maneira que agem, não aprendem para uma qualquer evolução.
O ser humano aprende a andar, aprende a falar, aprende a ler, aprende e desenvolve hábitos e rotinas, aprende com os erros, aprende com as lições.

Ontem à conversa com uma amiga que por estes dias sofre de coração partido por (mais) um desgosto amoroso, tentávamos encontrar "um sentido" para as escolhas (erradas) que fazemos e para os medos que muitas vezes as motivam.
É certo e sabido que na vida não pode ser tudo fácil e bom e maravilhoso. Onde estariam as nossas alegrias e motivações e satisfações se assim fosse? É preciso um certo grau de dificuldade para acabarmos cada viagem com a sensação de "tarefa cumprida".
Mas ás vezes o peso e a dor são tão desmesuradamente grandes que parecemos não saber onde ir buscar a força necessária para nos pormos de novo de pé e em marcha.
Dentro de cada um de nós existe uma imensidão tão profunda, tão cheia de energia, de vida, de força, é só aceder ao "compartimento" certo na altura que precisamos e com a atitude certa.
Não podemos nem devemos passar pelas lições da vida sem as interiorizarmos sob pena de passarmos a vida a repeti-las. Se algo nos acontece, se a vida nos "empurra" para uma situação, é porque existe algo ali que é importante para nós e que temos que aprender para continuar o caminho.
Aprendemos sempre mais com a dor do que com a alegria. A dor marca sempre mais fundo, existe a velha máxima que diz que "o que não me mata, torna-me mais forte" (vulgo "o que não mata, engorda").
Aceitemos então, até porque não temos outro remédio, aceitemos, leve o tempo que levar, também não é desejável que seja de um dia para o outro mas não é preciso uma eternidade de sofrimento a negar algo que já aconteceu e que não tem retorno.
Respirar fundo, aceitar, raciocinar um pouco e retirar o significado da lição, descobrir o ensinamento. Talvez afastar-nos um bocadinho do "umbigo" e de alguma forma (um pouco mais fria) tentar perceber a "moral da história".
Às vezes encontramos respostas tão flagrantes, brancas, fortes, cheias de luz, que o filtro cor-de-rosa que tínhamos nos olhos não nos deixava ver... e de repente, tudo encaixa e o camião  enorme de pedras que carregávamos desaparece e tudo se torna mais leve.
Libertemo-nos então, a lição está interiorizada, podemos enviar toda a sombra do peso embora, e transformar a "energia da memória do sofrimento" em "energia de um ensinamento para a vida", e, tal como um(a) acrobata treinado, leve, flexível, podemos fazer um movimento complexo aos olhos dos outros e aceder ao compartimento interior onde vamos buscar essas energias para nos fortalecermos  e continuarmos a viagem completamente disponíveis e mais preparados para o que vem a seguir.

É fácil falar (escrever), eu sei, mas este processo é obrigatório, como seres humanos temos a obrigação de o fazer, temos que nos levantar de cada vez que caírmos é o que se espera de nós, e é isso que vimos cá fazer, aprender. É como ter negativa no teste, corrige-se o teste, aprende-se melhor, faz-se o teste de novo e continua-se em frente, passa-se ao nível seguinte. São os testes da vida. Só não sabemos é quando será a formatura. E ainda bem.

2 de julho de 2011

E assim foi


Tudo uma grande confusão.
Onde por cada criança estavam 2 ou 4 adultos, e ainda por cima se juntaram 2 turmas, a coisa não podia dar muito.
Algo que tinha tudo para ser agradável transformou-se numa tarde muito quente, muito aglomerada de gente, onde não tínhamos espaço para nada e quase nem respirar se podia.
Ficaram os videos onde mais tarde o meu pirilampo pode ver que seja onde for, para a mamã e para o papá (e para os vovós), ele brilha sempre, com ou sem maracas na mão.