26 de outubro de 2016

Tão desiguais que nós somos

Daqui

A (des)igualdade económica dos géneros está hoje nos jornais.  
Segundo o Fórum Económico Mundial, a igualdade só será atingida dentro de 170 anos (as projeções do ano passado apontavam para 118 anos), por isso, até 2186 as nossas filhas, netas, bisnetas, trinetas e as suas filhas, trabalharão bem mais para conseguir ganhar tanto quanto qualquer homem que faça o mesmo que elas, tendo estudado o mesmo (ou mais) e tendo até, muitas vezes, obtido melhores resultados que eles. 
Seria possível imaginar o oposto? Claro que não, e também não seria justo.

A Islândia lidera o ranking dos países com menor fosso económico entre homens e mulheres, com um governo que se diz empenhado em acabar com essa desigualdade até 2020.
Em 1975, 90% das mulheres Islandesas fez greve no dia 24 de Outubro, ganhavam menos 60% que os homens. 41 anos depois, elas ganham menos 14% a 18% que eles, e às 14:38 de segunda-feira passada, hora a que teoricamente começam a trabalhar de graça, elas fizeram greve.
É o Women's Day Off, um dia de ação e protesto, um dia para sublinhar a importância da mulher na sociedade e a sua contribuição para a economia do país. Que bom para elas.

Num país em que se fez uma revolução com cravos (orgulho!), não há grande tradição de protestos no feminino, estamos em 31º lugar com tendência a descer. A nosso favor talvez estejam mesmo estes exemplos que vêm de fora (que nos podem fazer ter um bocadinho de vergonha na cara), isso e o facto de ainda não nos ter dado na veneta fazer um "Tug(a)exit".

Outro exemplo a ensinar-nos qualquer coisa? Rwanda!