27 de março de 2012

Videtido

Ontem à noite lá estava o meu filho aos "pinotes" no sofá. Subia pelo braço (do sofá) ficava de joelhos e deixava-se cair para a frente. E ria, muito.
Eu, passava a ferro assim meio pronta a intervir no caso de alguma perna escorregar ou qualquer outra coisa menos boa acontecesse.
Entre uma subida e outra, apanhou-me a olhar para ele.
A rir disse-me com uma expressão esclarecedora:
- Estou "videtido" mamã!

De manhãzinha começa o dia

Sabemos que chegámos cedo demais ao emprego quando o icon do tempo no ambiente de trabalho ainda mostra a Lua!

26 de março de 2012

Vida depois de nascer

Imagem do Google

Recebi o seguinte texto por e-mail, não sei quem é o autor.

No ventre de uma mulher grávida, dois bebés falavam:
- Acreditas na vida pós-parto?
- Claro. Tem que haver alguma coisa. Se calhar estamos aqui a preparar-nos para o que vamos ser.

- Disparate! Não há vida depois do parto. Como é que seria verdadeiramente essa vida?
- Não sei, mas com certeza deve haver mais luz que aqui. Talvez até consigas andar com os próprios pés e comer com a própria boca.
- Isso é absurdo! Andar é impossível! E comer com a boca!? Completamente ridículo! O cordão umbilical é que nos alimenta. Só te digo isto: A vida após o parto não é possível. O cordão umbilical é muito curto!
- Eu cá tenho a certeza que há alguma coisa. Com certeza apenas diferente daquilo a que estamos habituados aqui.
- Mas nunca ninguém voltou de lá para contar... o parto é o final e mais nada! Angústia prolongada na escuridão.
- Bom, não sei como é que vai ser depois do parto, mas tenho a certeza que a Mãe vai tratar de nós.
- Mãe? Você acredita nisso!? E onde é que ela supostamente está?!
- Onde? Em tudo à nossa volta! Vivemos nela e através dela. Sem ela nada existiria.
- Eu não acredito nisso! Nunca vi Mãe nenhuma porque simplesmente não existe.
-Então, mas quando estamos em silêncio não a consegues ouvir cantar e falar? E não a sentes a afagar o nosso mundo? Sabes, eu acho mesmo que nos espera a vida real e que esta é só uma preparação para ela...

- Esquece! Isso são aquelas tretas da fé...

Mãe...

G:   - Mãe, doi-me aqui esta péna - e levantou a perna direita.
Eu: - Porquê filho, bateste com a perna nalgum lado?
G:  - Xim, ali do xofá. Estava a dar uns pinotes e  a satar do xofá.
Eu - Uns pinotes!?
G: - Xim, uns pinotes como os homens!

23 de março de 2012

Já agora

Num pequeno passeio pelo "Delito de opinião", tropecei nisto.
Muito muito muito muuuuuuuuuuuuuuuuito bom.
É a chegar a este nível que eu sonho.
E quem fotografa assim não é....  gago!

Parece

Parece mas não é.
Parece que abandonei o blog à sorte dele, parece que não quero saber disto para nada. Parece mas não é verdade.
Tenho um computador pouco colaborante e nisto de posts, palavras sem imagens que ilustrem a ideia não é suficiente...
Esta coisa da formação (no local de trabalho) tanto é para funcionários perdão, colaboradores, como para máquinas. Computadores e afins que nunca trabalharam dá nisto.
Há que serem usados, formatados, alimentados de informação, contactos, favoritos, software/hardware, etc, e assim eles vão "aprendendo" como melhor servir quem deles se usa.
Haja paciência e esperança que a colaboração plena chegue rápido.

15 de março de 2012

Um dia bem passado



Tendo em conta a chuva que cai neste momento pela zona de Lisboa, é, no minimo, estranho pensar que ontem o calor era tanto que havia gente a banhos. Mas é verdade, esteve um autentico dia de Verão.
O almoço foi na esplanada da pizzaria, e acrescento que apesar da sombra, foi um alivio sair do calor quando nos fomos embora... a temperatura e a paisagem trouxeram boas memórias e muitas muitas saudades.



O jantar foi tranquilo, com mãe, pai, marido e filho. E confesso que a maior surpresa da noite (ou a maior surpresa destes 41 anos) foi o meu pai pegar na viola, sim, viola, e tocar os parabéns!!!!!!!!!!!!
Eu explico, o meu pai, homem dedicado ao trabalho ao longo de toda a sua vida, nada dado a experiências musicais, embora sempre apreciador, nunca na vida o vi tocar o que quer que fosse, nem ferrinhos, nem pandeireta, nem castanholas só para mencionar aqueles em que se consegue "(a)variar" um bocadinho mais sem dar muito nas vistas. E agora, com um neto para impressionar e ensinar aquilo que os pais não têm tempo, resolveu trilhar novos caminhos e enfrentar o monstro do desconhecido aos 68 anos.
E sim, foi bom, muito bom.  O meu pai tocou e o meu filho cantou os parabéns "...para o menino mamã, uma salva de palmas" e vá de bater palmas e soprar velas como se não houvesse amanhã.

E aqueles amigos com quem falamos uma ou duas vezes por ano (porque a vida não tem dado para mais) nunca se esquecem, que bom!
Para o ano há mais!

10 de março de 2012

Lisboa

























Sempre por bom caminho

Ainda na semana passada uma moça japonesa , em Lisboa apenas por dois dias, me dizia o quanto se tinha encantado por esta cidade, tão calma, tão tranquila.
Em plena Baixa numa rua não pedonal onde qualquer veículo com pretensões puxa do prioritário e liga a sirene para passar no cruzamento sem parar no semáforo, seja polícia, INEM, qualquer tipo de ambulância, bombeiros, corpo diplomático, etc. E o fumo, e o pó preto fininho que entra por todo o lado mesmo de portas e janelas fechadas.
E ela dizia, num inglês perfeito, "que cidade tão tranquila!" e eu respondia que em perspectiva acreditava que parecesse mesmo tranquila mas, quem cá está, tem sempre que se queixar de qualquer coisa.

Dos altos e baixos (geográficos), do perto e longe que tudo está ao  mesmo tempo, das ruas sujas, do barulho, dos dias em que o eléctrico encrava e as filas de trânsito se tornam impossíveis, das manifestações que passam todas por ali, dos carros em segunda e terceira fila, dos taxistas que encostam à esquerda (para tomarem o pequeno almoço) mesmo à porta da pastelaria, da marcação cerrada dos assaltantes do  (eléctrico) 28 aos turistas, das obras intermináveis das intervenções nos prédios pombalinos para uma reabilitação urbana a preços inacessíveis, do trabalho contínuo dos calceteiros principalmente  no buraco à nossa porta que teima em não acolher as pedras...

Claro que tudo isto traz um carácter único a esta zona. A ligação que se forma  não é só com as pessoas, os espaços condicionam-nos não só no comportamento mas também nas emoções. Cada um de nós liga-se de forma diferente aos espaços que habita, dependendo para isso também da capacidade de observação e aceitação do que rodeia esses espaços.
Lisboa é como qualquer outra cidade, mas, as suas características geográficas ditaram a forma como foi ocupada, como foi construída e como é vivida.

Tendo a baixa pombalina e principalmente o Castelo, como berço, por ter sido um local estratégico e prontamente ocupado, a história está ali por inteiro e é deveras interessante porque até a toponímia deixa (ainda) adivinhar tudo o que por ali se passou. Rua do Poço do Borratém assim como o Pocinho em Alfama, nomes que ficaram de alguns locais específicos de recolha de água numa época em que havia gente a mais para água a menos. A Rua da Prata, antes, Rua dos Ourives da Prata ( e antes, Rua Bela da Rainha). A Rua da Judiaría, a Rua dos Bacalhoeiros, a Rua dos Correiros onde se compravam os arreios...
E nos dias em que a Rua da Conceição fecha aos veículos para abrir ao público as galerias romanas, é fantástico, é uma tranquilidade, anda-se por ali sem a preocupação do trânsito e parece que se passeia por uma cidade completamente diferente.

Quando o tempo começa a melhorar há sempre algo de novo a acontecer na Praça do Comercio - um espaço em contínua transformação. Os casamentos de Santo António e, claro, Festas de Lisboa!
As marcas de tempos idos, a arte, a street art que nasce todos os dias e tantas vezes se renova... a criatividade fantástica de quem habita as noites da Baixa Lisboeta.

As cores, a luz, o cheiro, os sons, vou sentir saudades.
As minhas pequenas voltinhas a caminho do trabalho, em busca de coisas novas, cada dia por uma rua diferente. Acabou. Este capítulo fechou, o próximo passo é a transição para Benfica, sitio que conheço bem, muito trânsito mas nem por isso tão pouca história. Para fotografar sei que encontrarei sempre muito para onde quer que vá.
Para já, dois ou três dias de férias para retemperar forças e vontades e colocar alguma ordem no caos instalado que os últimos tempo não conseguiram evitar.
Pelo meio, o Carnaval, o dia 29 de Fevereiro, o primeiro aniversário deste blog, o Dia da Mulher, um ou outro aniversário e sei lá mais o quê que mereciam umas palavrinhas rascunhadas mentalmente mas, não houve tempo.

Na minha "wish list" mental fica agendado para qualquer dia um percurso pedonal fotográfico de Santos até ao Panteão (ou vice-versa) mas não junto ao rio, por dentro. E as visitas a tantas lojas antigas a que me prometi voltar no dia seguinte com mais tempo, para fotografar antes que desapareçam.
Andar por Lisboa e ver tudo tudo, por si só, é um trabalho para a vida.