31 de agosto de 2011

50 horas

É oficial, estou há 50 horas sem ver o meu pirilampo, a minha luzinha. E mais 8 ou 9 horas se passarão até tal acontecer.
No dia de hoje detesto o meu emprego, detesto a minha vida.

28 de agosto de 2011

O céu estrelado

Ontem à noite, sob um muito escuro e tranquilo céu nocturno, limpo de nuvens mas salpicado de milhões estrelas o G olhou para cima, acho que pela primeira vez na vida observou o céu estrelado, depois, virou-se para a minha mãe e disse:
-" Fófó, o céu tá a mir!"

Grândola na feira


































A Feira de Grândola acontece sempre no último fim de semana de Agosto. São quatro dias (6ª a 2ª) de grande animação. Já lá não ía há cerca de 10 anos e este ano resolvi ir numa demanda, em busca da feira de gado que se realizava sempre (durante a feira) ao sábado de manhã. Como já lá não ía há uma década, não sabia que esta feira paralela já não existe. São os sinais dos tempos, que pena, ía mostrar ao meu pirilampo os cavalos, as vacas, as ovelhas, as cabras, etc, ao vivo é tudo muito mais interessante. Mas paciência, vai ter que ficar para outra aventura. Acabámos por dar uma mini-voltinha pelo recinto ao final da tarde.
Ficam as fotos de uma feira que cresce de ano para ano.
Serviu para matar saudades das farturas. Que bom!
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25 de agosto de 2011

A "rentrée" do meu descontentamento


O retorno ao trabalho (após as férias, claro) é, não só inevitável mas, duro. Não no sentido comum do termo porque quem gosta do que faz ( e mais quem faz o que gosta) regressa sempre com algum sentido de leveza, mas, quando se tem uma criança pequenina com quem passamos as 24 horas diárias durante semanas (três, neste caso), volta-se sempre com uma sensação de tristeza, de... fim.
Nenhum tempo volta, o tempo passa e acabou, faz-se o melhor que se pode para se construírem as boas memórias, não voltamos a ter os momentos preciosos e nestes casos os momentos são preciosíssimos porque eles são tão pequeninos...
Esta volta ao trabalho é um pequeno intervalo porque ainda nos resta uma semana que vai chegar logo, logo, mas nos "entretantos", eu tenho que trabalhar e o meu pequeno pirilampo goza dos mimos dos avós. Eu sei que ele está bem, está num casulo de mimos e vontades satisfeitas, está como quer. E está também de férias da "escolinha", tempo que eu não posso aproveitar porque a vida não me deixa. Todo o tempo que passo com ele é pouco, e hoje, nestes dias morro de saudades a cada momento.

23 de agosto de 2011

O mundo aos 22 meses


A banheira é dos melhores sítios para guardar bolas (e outros objectos)



Na cozinha existe uma máquina fantástica que faz baruhos e tem um
buraco enorme onde cabem bolas e garrafões de água


Mamã preciso do lápis (que guardei ali dentro do balde) para ir ali num
instante experimentar a parede.

Quando a mamã ou o papá vão tomar banho, gosto de lhes fazer companhia.
Hoje resolvi ir buscar as caixinhas de música para me entreter.

Quando a mamã está na cozinha (a fazer o almço/jantar) não a posso perder de vista.
Ficar mesmo em cima dela de preferencia com uma almofada, é mais confortável,
é a minha recomendação.








21 de agosto de 2011

Mamã...



-  ...mamã, o Mickey tem cocó!

Bons exemplos de civismo

19 de Agosto - Oeiras Parque
Estou farta da falta de civismo que se vê por aí. Farta, farta, farta, tão farta que resolvi colocar aqui a foto com matricula e tudo.
Excelentíssimo senhor condutor (ou senhora condutora ) deste Volkswagen, sim, fui eu que lhe deixei um papel no vidro a reclamar da falta de civismo. Não sou perfeita nem tenho pretensões a santa mas incomoda-me a falta de atenção para com os outros.
Se calhar o senhor (a senhora) até estava cheio de pressa e teve que estacionar assim à papo-seco, ou talvez fosse da fome, era hora de almoço e a fome era tanta que nem viu o que fez. Pois é, todos os outros que queriam almoçar conseguiram estacionar bem, e um pouco mais longe.
Eu sei, não é grave. É só (talvez) descuido, e mais qualquer coisinha...

E pronto...


...já está.
Queria ter esperado até aos 24 meses, ou até aos 3 anos mas a minha criança não tem contemplações desta natureza. Já tirava os braços do cinto e virava-se para trás (para a frente do carro) para ir a olhar na direcção da marcha. Eu compreendo, também não gostaria de ir de costas mas a segurança deveria ser o mais importante.
Já não dava para segurar. Já metia pena o desconforto.
"VidasDaNossaVida", já somos duas de coração nas mãos.



Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Tudo na vida evolui (para bem ou pra mal) e os sinais dos tempos são o que são, graças a homens e mulheres que com leveza e descontracção empurram a vida para a frente e abrem caminho para os que vêm atrás.
Curiosamente, no youtube, se lerem os comentários, ninguém interpretou a resposta dela como "um pontapé no desconcerto", como sentido de humor...
Nadal foi apanhado de surpresa e descontrolou-se um bocadinho na jogada seguinte, Steffi teve... descontracção. Alguém acredita que ela largaria tudo? Marido e filhos? Com o dinheiro que fizeram os dois no Ténnis?
Ainda há por aí mentalidades muito mesquinhas... que pena.

20 de agosto de 2011

19 de Agosto, Dia Mundial da Fotografia


Muito a correr (infelizmente) e porque não queria ter deixado passar em branco este dia...
185 anos é a idade da primeira fotografia conhecida e, sinceramente, para mim, o mundo, a vida, as pessoas  nunca seriam a mesma coisa sem a fotografia.
Para uns é o mundo, para outros não é nada. Para a humanidade, a fotografia é memória, é tradição, é passado, é presente, é testemunho, é promessa ,é ausência, é engano, é ilusão, é sonho, é vida, é história, é liberdade. Para mim, é tudo aquilo que eu quiser que seja, e são todas as emoções que eu coloquei em cada uma das imagens e todas as emoções que cada imagem colocou em mim.


"Fotografar é colocar na mesma linha de observação a cabeça, o olho e o coração."
Henri Cartier-Bresson          

13 de agosto de 2011

Admirável vida


Às vezes parece que nem acredito.
Às vezes vou ao quarto dele, à noite (de dia), e fico a vê-lo dormir.
Às vezes quase que tenho ainda que verbalizar "tenho um bebé a dormir ali no quarto", para tornar a coisa real.
Às vezes quase parece um sonho.
E fico a olhar para ele, ali, na "adoração", e maravilho-me com a vida. E depois, penso em todas as mães e avós que estão para trás de mim, da minha mãe, das minhas avós, e todas elas provavelmente se maravilharam assim com a vida e que esse simples facto me permitiu agora, a mim (a nós), passar por isso. E honro todos os que estão para trás e sinto que todos eles vivem em nós. E em tudo isto há uma sensação quase, quase familiar, ancestral de reviver qualquer coisa a que não consigo dar um nome...
E chego à conclusão que o bom da vida é assim, termos a capacidade de nos maravilharmos constantemente, reconhecermos e apreciarmos que seguir a natureza, o simples caminho, leva-nos ao assombro.

7 de agosto de 2011

Nascer no sítio certo


E eis que mais uma catástrofe humana (e humanitária, sim) assola África e o mundo. As notícias falam da maior seca dos últimos 60 anos que afecta  cerca de 12,5 milhões de pessoas no Corno de África. São 3 os campos de refugiados: Alli Addeh no Djibuti, o maior em Dadaab no Quénia e Dollo Ado na Etiópia. É neste último que os noticiários davam conta do número diário de bebés que morrem subnutridos...
Este tipo de "acontecimentos" sempre me impressionou, a mim, que tive a sorte de nascer aqui neste lado do mundo, sempre "protegida" e com acesso a mais do que poderia fazer-me falta. Sempre tive muita vontade de ajudar mas sempre me senti esmagada pela grandeza dos factos e como muitas outras pessoas, ás vezes de tão impressionada chego a perder a tranquilidade e perco-me na aflição. Desde que sou mãe, então, acho que vivo as coisas de uma maneira mais chegada ainda ao coração.
Que futuro pode ter uma humanidade que deixa morrer as suas crianças?

Há cerca de um mês falava com um amigo meu sobre esta situação e de tudo o que isto me faz sentir. O meu amigo (que me avisou desde o inicio para não me chocar com as palavras dele) dizia que estas estas situações são sempre necessárias para a humanidade e deu-me o exemplo da II Guerra Mundial e de tudo o que cientificamente se desenvolveu, dos pulos e avanços que se dão em épocas de crise.
Percebi o que ele quis dizer, tenho pensado muito no assunto até porque já há algum tempo que queria falar disto aqui, e acho que ele até poderia ter alguma razão se a escala desta catástrofe fosse mais abrangente, se envolvesse países mais ricos ou muitos mais países onde pudesse haver mais interesses (tendo em conta o post anterior).
Esta é uma catástrofe anunciada de onde não vai sair nada de bom, a não ser talvez ensinamentos mas será preciso não esquecer.
Há um ano atrás vivia-se já a segunda maior seca consecutiva nesta zona, e os alarmes soavam já bem alto. O OCHA (Office for the Coordinating of Humanitarian Affairs) fazia já tocar campainhas, mas o OCHA pertence às Nações Unidas...  (um dia um post sobre o tema, quem sabe?)
Como é que é possível que com tantos "observatórios" não se tenha intervindo quando por exemplo os preços do sorgo (espécie de milho) por causa de seca tenham aumentado 240%? E os combustíveis perto de 50 %?  Para pessoas que perderam tudo... 

Porque é que ao fim de tantos milhares de anos e com os avanços tecnológicos que temos, que permitem a informação em tempo real, continuamos a ser uma civilização reactiva (tarde e às más horas) em vez de ser pro-activa? Com tantos milhões de euros já "gastos" nesta acção como é que se mantém tantas vidas por salvar? Eu sei, metade do território da Somália e cerca de um terço da Etiópia não são acessíveis à ajuda humanitária ( e custa-me muito pensar que seres "humanos" em nome de "Deus", matem e deixem morrer outros à fome só porque a ajuda é "infiel")... mas morre-se de fome aqui, como é que é possível?
Cuidemos de nós, somos todos iguais e somos todos humanos, preocupemo-nos uns com os outros, e pergunto outra vez, que futuro pode ter uma humanidade que deixa morrer as suas crianças? Que lição é esta que teimamos em não aprender?
A vida humana tem valores diferentes, tantos quanto os diferentes locais do globo e tantos quantos os que a avaliam.

E vamos continuar a ver as imagens e a rezar baixinho para continuarmos protegidos no nosso cantinho com os nossos meninos seguros nos braços.
E o pior é que não é só por lá que se morre de fome.

5 de agosto de 2011

2 de agosto de 2011

Uma casinha no alto da montanha



Temos no carro um CD que por este dias toca em "repeat" a toda a hora, é a "escolinha de música 3". O G adora, canta-as quase todas e pede-as pelo nome. Sempre que oiço a música nº 13, é inevitável, só me lembro de Sintra e do palácio, não sei em que é que os autores se inspiraram mas para mim, para mim é aqui.

"No alto da montanha, pertinho lá do céu, havia uma casinha (a)onde o rei viveu.
De lá se via o sol, se via o céu, ao longe o mar. Do alto da montanha, quem me dera lá morar."
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Tempo de férias



Férias são férias (desde ontem) faça chuva ou faça sol, e sinceramente, "chuva de verão" foi algo que sempre me agradou, é como um refresco numa tarde quente. Pode chover "cães e gatos" que a temperatura até permite que desfrutamos da chuva de uma maneira muito mais divertida.
Nunca me importei que chovesse nas férias e longe vai o tempo em que a vida me permitia passar uma tarde inteira com um livro na mão, agora, ler, só mesmo à noite ou no comboio a caminho do trabalho. Ter um pequeno ser humano em "formação" tem destas coisas, é a prioridade das prioridades. Por ele faço tudo, por ele deixo de fazer tudo e só por ele praguejaria deste tempo assim, por isso S. Pedro, vamos lá a animar porque isto de manter uma criança de dois anos fechada em casa não está com nada e já não há paciência para centros comerciais...