13 de agosto de 2011

Admirável vida


Às vezes parece que nem acredito.
Às vezes vou ao quarto dele, à noite (de dia), e fico a vê-lo dormir.
Às vezes quase que tenho ainda que verbalizar "tenho um bebé a dormir ali no quarto", para tornar a coisa real.
Às vezes quase parece um sonho.
E fico a olhar para ele, ali, na "adoração", e maravilho-me com a vida. E depois, penso em todas as mães e avós que estão para trás de mim, da minha mãe, das minhas avós, e todas elas provavelmente se maravilharam assim com a vida e que esse simples facto me permitiu agora, a mim (a nós), passar por isso. E honro todos os que estão para trás e sinto que todos eles vivem em nós. E em tudo isto há uma sensação quase, quase familiar, ancestral de reviver qualquer coisa a que não consigo dar um nome...
E chego à conclusão que o bom da vida é assim, termos a capacidade de nos maravilharmos constantemente, reconhecermos e apreciarmos que seguir a natureza, o simples caminho, leva-nos ao assombro.

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ideias caídas das nuvens