21 de novembro de 2012

O meu direito de opinar

É verdade, temos o país que temos, as dificuldades que temos, os governantes que credulamente fomos elegendo sem nos apercebermos da sua ignorância, da sua incapacidade de ver um mundo em mudança.
 
Temos em mãos um trabalho árduo enquanto sociedade, libertarmo-nos das amarras (as que criamos e as que nos criam), revolver a terra - como o arado prepara o campo para o cultivo - e plantar a semente de um caminho estável para próxima geração.
Deitar a baixo aquilo que já não serve, busquemos forças naquilo que nos inspira e não insistamos mais nos velhos modelos obsoletos.
 
Estamos em mudança, em renovação. Podem ser tempos interessantes de uma forma positiva. Lutas gratuitas e desenfreadas não nos levam a lado nenhum. Inspiremo-nos no futuro, no bem que daí virá.
 
Pela minha parte, ou pela parte que me cabe (independentemente do meu voto) despeço o Governo e aquela assembleia vergonhosa. Começo por acabar com aquela regra ridícula que só serve a quem lá está, de só se poder "concorrer" (aos destinos do país) quando integrado em lista partidária. Sou contra! Completamente contra! Nenhum partido me serve, são todos iguais, não quero nenhum. Nem tão pouco os quero à frente do dos destinos do meu país.
 
Lembram-se das aulas de Ciências? Biologia? Acho que já era Biologia, 7º/8º ano (não tenho a certeza), as relações entre espécies/organismos? Nunca mais me esqueci (vá-se lá saber porquê) havia a simbiose (++), comensalismo (+0), parasitismo (--)...  Assim estamos nós, uma sociedade criada pelo Homem para o Homem deveria ser acima de tudo uma relação pelo bem mútuo, de simbiose, positiva para ambas as partes - em caso extremo comensalismo, vá, benéfica para um, sem prejuízo ou dano para o outro. A verdade é que já nem de parasitismo se trata, neste momento, e brincadeira à parte, o caso toca já as raias do canibalismo. Há gente a passar muito muito mal por políticas canibais que nos consomem a todos os níveis. É impossível que as cúpulas que nos governam estejam tão isoladas que não vejam, neste momento é impossível, e compactuar com este tipo de situações, já se torna criminoso. Já é prejudicar sabendo que o faz.
 
O país é o mesmo desde que "nasceu", tem as suas características imutáveis como qualquer outra entidade, mas não me parece que nos possamos, para sempre, reger por leis que só vão beneficiando o Estado Gordo, este Estado de má fé que agora temos.
Não percebo nada de política, nem de leis, nem de tantas outras coisas mais simples. Mas percebo de ter um filho para criar, percebo de olhar para todos os lados e ver as paredes a apertar. Percebo de ver um único caminho, cheio de incertezas, a apontar daqui para fora, suportado pela revolta, pelo desespero, pela desilusão, quando esse caminho deveria ser a escolha da busca de novos mundos pelo desfaio de novas experiências.
 
Gosto do nosso país, gosto muito de Portugal, tenho esperança, tenho fé no impulso que se dá quando depois do salto levamos os pés no fundo da piscina para subirmos com força em direcção ao oxigénio.
Temos um país fantástico, com gente esforçada, trabalhadora, honesta (na maior parte dos casos) e acima de tudo, resiliente. Um país com um clima fantástico, comida boa, paisagens lindas, um sol de fazer inveja. Terra fértil, matéria prima. Amigos, raízes. Recuso-me a deixar o lugar a que pertenço.
E o que é que eu faço? Para já o mesmo que os outros, digo mal!
 
Não tenho receitas. Sei apenas que se o que temos não é bom então, talvez devesse acabar, mas não sem antes se poder preparar o caminho para algo de novo se poder criar. Não tenho dúvidas que qualquer Mãe/Pai de família que lute para sustentar o seu lar, sem vícios, sem excessos, saberá de certeza gerir melhor  os destinos deste país, porque sabe qual é o seu limite, não se deixa ir em conversas e não prejudica nínguem em benefício de outrém.
 
E se eu estiver errada?
Bom, então nada de preocupações, não é dentro de um mês que está previsto o mundo acabar?

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