É notícia de primeira página, hoje, a condenação do(s) detido(s) das manifestações de sábado.
Por entre um pedido de desculpas à PSP que vale o que vale, e umas horas de trabalho a favor da comunidade, pode ler-se ainda que “[os arguidos] comprometeram-se em abster-se da prática de atos violentos em manifestações públicas e desportivas durante o período de suspensão dos autos”, e eu acrescento que fora das manifestações públicas e desportivas (em casa por exemplo) tudo bem, e passados os 12 meses, podem voltar à normalidade. A PSP depois, se for chamada a intervir, leva com outro pedido de desculpas.
Custou-me ver, estava longe e acompanhei pela televisão mas custou-me ver a falta de respeito.
Não acredito que naquele mar de polícia não houvesse um único que não gostasse de se poder manifestar também. Eles estavam e estão sempre lá para garantir o direito à manifestação pacífica de todos nós. E mais, estão a trabalhar. São obrigados a estar lá.
E aquilo que fica sempre por dizer é que sendo claro como água, que no meio da multidão, onde o rio corre com mais força nunca se tenta apurar quem ordena (leia-se paga) o incitamento à revolta. Os individuos mais motivados desaparecem assim que esgota o tempo pago. Ou isso ou dão a cara a uma noite no presídio já com o deles garantido.
Sim, somos um povo pacífico, não é vergonha nenhuma, é a nossa maior força, valha-nos isso.
No meio de toda esta precaridade, só nos faltava agora começarmos com violências. Era só o que nos faltava!
O excerto da pena que transcrevo em cima foi retirado do iOnline mas podia ter sido de qualquer outro jornal ou até da página da PGDL.
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