12 de setembro de 2012

A natureza dos cortes

Capim-dos-pampas (Cortadeira selloana), não entra na história
mas estava presente e quis ver como ficava na foto.

Já foi no fim de semana, a noite prestava-se a isso, estava quente e convidativa e nós lá fomos os três dar a volta ao quarteirão. Mais por insistência da criança lá de casa que dizia "adoro andar a paxear na rua" e tanto insistiu que lá fomos todos, descobrimos que adora andar a pé só por andar, é pena é cansar-se depressa...
Ali perto há um "liceu" (se é que ainda se encontra significado para a palavra, caiu num desuso completo) cujo muro está coberto daquela roseira pequenina trepadeira... será rosa de Stª Teresinha? É impossível não se sentir o perfume, o ar está agradavelmente saturado. Era um passeio bucólico, tranquilo, muito muito agradável.
Perguntei-lhe se não sentia o cheiro, ele respirou fundo e disse:
- Cheira bem, cheira a natureza!
- É bom, não é?
- É, mas esta natureza está maluca!
Passámos imediatamente a modo "não bucólico".
-Está maluca?! Está maluca porquê?
- Puque amanhã vem o xenhor cotar esta natureza!

E depois a mãe faz o raciocínio e (às vezes) chega lá. Ele tem visto agora por estes dias e por todo o lado os jardineiros em acção, a podar as partes "malucas" que saem fora da ordem... e assim, tudo o que sai fora - o senhor vem cortar.
O jardineiro ainda não apareceu por lá, a natureza continua maluca e ainda bem, haja alguma coisa neste país (para além do Governo) a fazer o que lhe dá na veneta e a cheirar bem.

Sem comentários:

Enviar um comentário

ideias caídas das nuvens