14 de novembro de 2013

Diabetes séc XXI

A diabetes já não é uma doença só do foro alimentar. A diabetes evoluiu na razão directa do aumento do stress, da falta de horas de sono, do aumento de poluição, pesticidas e toxinas de todos os géneros.
Já não são só a má alimentação, o sedentarismo e a predisposição genética as grandes culpadas pela resistência à insulina.
Em Portugal quase 10% da população é diabética, com 30% em risco porque a população está a envelhecer e a comer cada vez pior. Verdade. 
Nem vou falar da má alimentação, do excesso de comida processada e alimentos refinados, já todos sabemos.
Falo das dificuldades em colocar bons alimentos na mesa, falo no stress a que as pessoas estão sujeitas, com receio de perder os seus empregos, com receio de não conseguir criar os filhos.
Falo da percentagem de jovens adultos que dormia 8 a 9 horas por noite e que diminuiu para cerca de metade nos últimos 50 anos (estas estatísticas são americanas mas acredito que a realidade portuguesa não esteja longe). Estudos dizem-nos que quando pessoas saudáveis são privadas de chegar à fase mais profunda do sono durante três dias, a sua capacidade para processar açúcar diminui cerca de 23%. 
Falo de estudos que sugerem que a exposição a pesticidas pode ser uma das razões para o desenvolvimento de resistência à insulina maior de que a obesidade, o sedentarismo ou a predisposição genética.
A questão dos pesticidas é preocupante (e não me refiro a ser acidentalmente pulverizado no meio que uma qualquer cultura), os pesticidas estão por todos os alimentos que nós ingerimos quase todos os dias. As cargas de hormonas injectadas no gado, as concentrações de organofosfatos que estão a ser encontrados na urina das crianças. 

Desde 2011 que é proibido na UE (e em Portugal) a utilização de bisfenol A (BPA) na produção de biberões. Foi preciso chegar a 2011.
O bisfenol A é um químico (e uma toxina) que se adiciona ao plástico (para o tornar mais resistente) para a produção de embalagens alimentares. Estudos feitos em animais revelam que após o consumo desses alimentos, em 30 minutos diminuem os níveis de açúcar no sangue e aumentam significativamente os níveis de insulina. Após quatros dias a toxina  está a estimular o pâncreas a produzir mais insulina. 
O BPA mostrou ter a capacidade de imitar a acção do estrogénio no organismo. Um artigo numa revista americana de saúde diz que concentrações maiores de BPA na urina (humana) está associado a um risco 300% maior de doença cardiovascular e um risco de 240% maior de diabetes.
Não sei hoje em dia qual a quantidade de bisfenol A que se produz no mundo mas pela quantidade de coisas em que é usado, suponho que ainda alguns milhões de toneladas. O bisfenol é também adicionado ao revestimento interior de latas de conserva e garrafas, aliás, numa rápida passagem pela net descobre-se rapidamente a multitude de utilidades que são dadas ao BPA. E estamos a falar de uma única toxina. Milhares de químicos sintéticos nascem todos os anos para a produção comercial.
O papel branqueado, por exemplo, rolos de cozinha, guardanapos, lenços, papel higiénico branqueados em que as dioxinas resultantes do cloro são extremamente cancinogénicas.
Detergentes "antibacterianos" que em presença do cloro da água formam clorofórmio e dióxinas cloradas (poluentes ambientais).
Um sem número de químicos presentes em cremes, vernizes, batons, champôs, lubrificantes, lacas, óleos de banho, condicionadores, exfoliantes, pastas de dentes....
90% de todas as exposições tóxicas acontecem em casa, principalmente a partir de produtos de limpeza domésticos, cosméticos e de higiene pessoal.

Por isso, uma boa alimentação com os melhores produtos possiveis e o menos processados possível, boas horas de sono, aprender a sossegar a cabeça, a meditar ou se isso for de todo desprezível, arranjar um animal de estimação. Reaprender a fazer uma vida mais natural, existem boas opções de produtos naturais de higiene e em casa para a limpeza domestica, o vinagre (o cheiro desaparece em pouco tempo), o bicarbonato de sódio, a água oxigenada, o sumo de limão são algumas boas opções, biodegradáveis e não são tóxicas.
E não esquecer a roupa, acrílicos são plásticos.

No fundo, o que nos falta é informação.
Foi neste livro que comecei a conhecer e a compreender melhor todo este intrincado funcionamento. Se desse lado existir paciência para este tipo de leitura, recomendo.

Sem comentários:

Enviar um comentário

ideias caídas das nuvens