3 de novembro de 2013

Ainda o Halloween


Foi uma pequena viagem no tempo. A escolinha antiga do G caprichou e fez uma festa de Halloween à "séria". O meu piolho foi a uma festa à noite, caçou tesouros escondidos, andou às escuras em explorações no jardim e fez com toda a certeza muitas mais coisas que não teve tempo de me explicar.
As regras eram deixar a criança às 19:30 e voltar às 22 :00. A recolha de doces pelas redondezas (previamente combinada com os vizinhos) estava a cargo dos mais velhos. Os mais pequenitos ficariam confinados ao jardim e todas as surpresas que este contivesse. Poderiam mascarar-se a rigor ou não. E era festa com jantar.

Não sabia muito bem como a coisa ía resultar mas ver a "Cala" e a Dita trouxe-lhe de certeza memórias, depois o L e a G com quem continua a encontrar-se também ajudaram a que se sentisse melhor. É curioso mas apesar de ter várias memórias do espaço (e ainda por cima estava escuro) e de algumas pessoas, não se lembrava de muitos dos colegas, assim como eles não se lembrava do G.
Quando cheguei às dez da noite (é verdade, ainda nem acredito!) veio a correr mostrar-me o balde com os smarties no fundo. Estava divertido aos saltinhos mas disse-me que não se riu muito e sei que queria toda a atenção (que não pode ter) dos amigos. Expliquei-lhe que os amigos queriam brincar com todos, não podiam brincar só com ele e disse-lhe que era um sortudo porque era o único menino que tinha amigos em duas escolas. Isso pareceu fazer toda a diferença porque apesar de não dizer nada fez um grande sorriso.

Foi bom, foi bom pela festa e foi bom pela etapa. Estar num ambiente quase desconhecido, ter amigos, partilhá-los e perceber (ou ver) que a amizade não pode ser exclusiva, que a vida também tem outros caminhos, não gira à volta dele.
Resta-me acrescentar que a Carla e a Dita (e mesmo as outras educadoras que o conheciam) lhe fizeram uma grande festa, todos gostaram de o ver, fomos muito bem recebidos, foi muito bom.
O G não se mascarou, desde o primeiro Halloween da vida dele que nunca permitiu sequer uma teia de aranha pintada na cara, ainda levou um chapéu de bruxa, perdão, de feiticeiro que colocou por um ou dois minutos, depois, voltou a ser ele mesmo. Escusado será dizer (apesar de não parecer possível) que não tenho fotos do evento... estava mesmo muito escuro e os pais não estavam convidados.

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