5 de maio de 2011

Ontem quando ía para o trabalho, já ía fora de horas, por razões que tiveram a sua causa e sobre a qual ía já mentalmente a preparar um post. Depois tudo mudou.
Cheguei à estação (10:35) e constatei que teria um próximo comboio às 10:44, era um "rápido" e em cerca de 15 minutos chegaria a Lisboa.
O comboio não saiu da estação nos 45 minutos seguintes.

Estou há muito tempo (meses mesmo) a ler (a tentar) um livro chamado "Uma viagem espiritual" de Nicholas Sparks. Comecei esta "aventura" para fazer uma pequena pausa numa obra de 4 volumes e intensa q.b. Apeteceu-me ler algo diferente, leve, rápido, bem-disposto para descontrair. De tão leve que é ( e verdade seja dita, porque estou também sempre muito cansada) adormeço sempre que tento avançar na história (esteja onde estiver) e de tão longe que isto tem vindo, propus-me resolver esta questão de uma vez por todas. Sempre que tiver um bocadinho, leio (com afinco) um bocadinho e acabo com esta letargia num instante.
O livro não é chato, é apenas muito fora da vida real. Tem exemplos excelentes e se seguissemos os conselhos teríamos talvez todos uma compreensão maior da vida.
Existe uma máxima que é desenvolvida no livro (para o 5º dos 10 ciclos da Lua) e que diz: "Vive cada dia da tua vida como se fosse o último".
E de repente, "bateu-me".
Não é difícil perceber que o comboio ontem não saiu da estação porque alguém deciciu que era mesmo o seu último dia (difícil de perceber é porquê?).

No livro fala-se em "cada minuto como o bem mais precioso".
Terá esta alma "amado até ao limite máximo do seu coração"? Apesar de ter desistido?
Pessoalmente o "1º ciclo da Lua", para mim, é o mais valioso (ainda só vou no 5º, o que me fez pensar, e daí estar a escrever isto agora) de todos, o mais verdadeiro, o que me toca mais e aquele que a maioria de nós relega para segundo (terceiro, quarto, último) plano.
Perdoem-me porque o post já vai longo, mas há muita gente que precisa de saber.
O que se segue, é retirado do livro e dedico-o não só a cada pessoa que o ler, mas também à pessoa que ontem nos deu aqueles 45 minutos de reflexão.

"Convence-te de que és o ser mais especial jamais criado.

Muito antes de o sol surgir [um dia] no céu, nunca existiu ninguém igual a mim. (...) Nunca ninguém cresceu ao mesmo ritmo, aprendeu as mesmas coisas ou reflectiu sobre a vida do mesmo modo que eu. (...) O meu lugar na história está assegurado porque ninguém será como eu.
(...) Porque razão sou tão especial? Porque possuo características que ninguém mais terá. Sou único neste mundo, e nenhum guerreiro ou chefe ou qualquer homem comum poderá alguma vez reclamar aquilo que sou. Apenas eu tenho os meus pensamentos e esperanças. Apenas eu possuo o meu ritmo cardíaco, a minha energia e o meu amor à vida. Poderá alguém reclamar os meus sonhos? Poderá alguém amar como eu amo? (...) Alguém será capaz de repetir os meus feitos e acções? Não, sei que estas coisas me pertencem, a mim, exclusivamente. (...)
E porque sou o ser mais especial jamais criado, sou valioso. Como um diamante, sou raro e belo. Valho mais que tudo no mundo. (...) Dinheiro nenhum poderia alguma vez comprar os meus pensamentos.(...) Nenhuma espécie de fama me pode tornar mais especial.(...) Nenhum [bem material] pode ser trocado por mim.(...)
E estou aqui com um objectivo. Estou aqui para crescer em sabedoria. Estou aqui para amar todas as coisas. (...) Posso ser feliz se tiver consciência de que sou o ser mais especial jamais criado. (...) posso sorrir com orgulho pela pessoa que sou."

Acidente com peão


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ideias caídas das nuvens