9 de dezembro de 2013

Foi um domingo em cheio

Apanhar salsa para  o almoço

Limpar as folhas de Outono

Apanhar medronhos

Marmelos para a marmelada

E não podiam faltar as laranjas
Agora diz que quer ser lavrador, quando o levamos mais a sério sobre o assunto diz que gostava mais de ser bombeiro mas isto é conforme o vento, às vezes de norte e outras vezes de sul.
Fomos aos anos da tia e como adora lá ir desta vez empenhou-se e trabalhou a sério. Ver o esforço que fez a varrer as folhas e colocá-las no saco, foi encantador.
E é teimosinho, leva um saco só para ele, e lá só coloca os marmelos/laranjas que ele apanha, não há cá misturas.

Não tem havido chuva mas a natureza é brilhante, ver as árvores assim, são autenticas imagens natalícias, tanta cor, tanto aroma, tanta tranquilidade, não consigo evitar de sentir gratidão quando colho a fruta. A vida quase que se transforma e ganha um novo sentido com tanto que a natureza nos dá.
Momentos destes fazem-me questionar por vezes certas opções que tomo em relação à minha vida. Não seria tão mais saudável em todos os aspectos ter uma vida completamente diferente?
Levanto-me antes do sol nascer, obrigo uma criança pequenina a sair da cama contra a sua tão manifesta vontade, dói-me claro, enfrentamos um transito diabólico e mal disposto, entrego-o na escola onde é dos primeiros a chegar, corro para o escritório onde enfrento não só dias difíceis como pessoas difíceis. Almoço a correr para continuar o resto do dia. Saio rapidamente para pegar no puto e fugir para a auto-estrada antes do grosso das filas, chegamos a casa já com o sol posto, dou-lhe banho a maior parte das vezes contra a vontade dele, faço o jantar e planeio deitar-me cedo o que nem sempre consigo. Corro muito em todas as direcções para manter sempre a vida do mesmo modo. Não alcanço nada de novo, e canso-me muito.
Ás vezes penso mesmo, e se?

2 comentários:

  1. É verdade. Esta vida louca não dá saúde nenhuma. E se mudássemos todos para o campo? Mas depois a oferta cultural para eles é pequena, as escolas (pelo menos do que eu conheci mais ou menos de perto) também não têm o dinamismo que as das grandes cidades têm, os amigos ficam longe... Enfim, e se...

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    1. Penso nisso tantas vezes, é uma questão de criarmos nós a oferta... as distâncias também se encurtam cada vez mais. Começo a ter muita vontade mas também não sei o que me reserva a vida.

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ideias caídas das nuvens