Toda esta "polémica" sobre o novo estatuto do estudante faz-me pensar nos direitos e nos deveres, porque em qualquer sociedade os direitos trazem deveres.
Não li ainda o novo estatuto do estudante, estou a emitir uma opinião assim, como quem lê uma frase e acha que já sabe tudo por isso, peço aqui um bocadinho de paciência com alguma patacoada que possa sair destas linhas.
Dizia eu que não li ainda o novo estatuto do estudante mas, assim a seco há coisas que me parecem bem, principalmente porque Nuno Crato deixa ao critério das escolas (que são quem deve conhecer melhor o aluno, a família e o ambiente em que estão inseridos), as medidas a aplicar em cada situação (refiro-me às medidas disciplinares que é o que provoca sempre mais alvoroço) .
"O Estatuto do Aluno e Ética Escolar estabelece uma nova cultura de disciplina e esforço, promovendo o mérito; promove a responsabilização e comprometimento de alunos, pais ou encarregados de educação pelas suas condutas e deveres; e reforça a autoridade dos professores."
No novo estatuto do estudante fala-se do reconhecimento e respeito pela autoridade do professor, fala-se do regime de faltas, fala-se das medidas disciplinares, fala-se do reforço das disciplinas fundamentais, autonomia das escolas, melhor acompanhamento do estudante, etc.... Só duvido é que este diploma responsabilizando mais as famílias, vá acabar com as constantes ameaças que se vêem nos jornais, de certos "encarregados de educação" (só esta expressão neste contexto merecia uma análise profunda) aos professores.
Ainda há pouco falávamos aqui (no trabalho), aqueles que são mais velhos ou mais experientes nestas coisas de reuniões de pais, dizem eles, que nestas ditas reuniões só se vêem os pais dos alunos que têm melhores notas, percebe-se a preocupação e o empenhamento.
E eu digo que muitos dos outros pais trabalham de sol a sol e sofrem penalizações graves se deixarem o trabalho mais cedo... encontra-se sempre um "senão", há sempre situações que nos são desconhecidas, e sei que há pais cujos filhos têm más notas e que se preocupam e que sofrem por isso, por sentirem que a vida não lhes dá a opção de poderem estar mais presentes e, também sei que essa falta de opção pode ser tão perturbantemente enganadora quanto a responsibilização de um pai (ou mãe) por absolutamente tudo o que o seu filho resolver fazer ao longo da vida.
Mas não me cabe fazer aqui qualquer tipo de juízo, este post não é para isso.
Parece-me bem a direcção que prevejo este caminho tomar.
Parece-me bem uma regulamentação sobre captação de imagens nas escolas e parece-me bem o reforço de medidas de recuperação de aprendizagem (em caso de faltas jstificadas)...
Assim por alto.
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