Não escrevi um post sobre o dia da criança no próprio dia. Ainda bem que o tema é constante, não apenas pertencente a um dia no ano, e por essa razão em qualquer momento esse/este post estará actual e inserido por si só no contexto diário, seja ele qual fôr.
Mas inicialmente pensei fazê-lo e queria tê-lo feito, o tempo ou a falta dele, é que me pregou uma partida.
Imaginei algo onde pudesse incluir uma ou outra curiosidade como por exemplo o dia Universal da Criança ser a 20 de Novembro - a Declaração dos direitos da Criança, claro! - de no Japão existirem dois dias da criança, um para as meninas (3 de Março) e outro para os meninos (5 de Maio), sim é verdade! De por todo o planeta existirem as mais variadas datas para comemorar este dia mas, a "melhor" de todas, é que, os Estados Unidos, o país da democracia e das oportunidades, onde o maior sonho está ao alcance de qualquer pessoa, os Estados Unidos, não assinaram a Convenção do Direitos da Criança, são neste momento o único país (ou um dos únicos) do mundo que não lhes reconhece os direitos. Pois é, parecem que os preocupa o facto de num dos artigos dizer que os Estados devem tomar todas as medidas possíveis para assegurar que as crianças (os menores) não participem directamente nos conflitos armados... o nos Estados Unidos recrutam-se meninos (de 17 anos) para a Guerra. Idem com as penas de prisão perpétua e de condenação à morte.
Sem mais palavras.
Hoje, como ontem ou amanhã (em algumas partes do mundo), o Dia da Criança é todos os dias.
Na passada 6ª feira (1 de Junho - o dia), o meu "pirilampo" mais uma vez não foi à escola. Tive tanta pena quando ele na sua vozinha adoentada e de olhinhos tristes muito abertos me dizia: "mamã, hoje há balões na escola!" E eu, de coração apertado só queria encher a casa de balões de todas as cores, de todas as formas e de todos os tamanhos para ele se alegrar e assim, quem sabe, num passe de magia, ficar bem.
Dói no coração e dói na alma.
Os nossos meninos deveriam ser sempre e apenas muito felizes.
A vida é curiosa, tudo se altera quando somos mães, não que não soubessemos da existencia, ou não nos soubessemos capazes de um amor assim, da inocência e da possibilidade da condição humana num ser pequenino, no início de vida, mas porque em todas as crianças encontramos a nossa, há sempre um bocadinho da nossa criança nas outras crianças todas e há sempre um bocadinho de nós nas outras mães todas.
E tornamo-nos assim como que "mães universais", com o tal coração (de mãe), capaz de abrigar todo o mundo e o mundo todo.
E a cada esquina do percurso, observamos melhor, com olhos de mãe. E como tudo seria diferente se as mães governassem o mundo...
A expresão "a mão que embala o berço é a mão que governa o mundo", é bem verdadeira mas a um outro nível que não raras vezes nada tem a ver com o Amor. Infelizmente.
Entrámos na Era do Amor, vem aí a energia no feminino, a energia da mãe, da geradora de vida. Para todos, para o planeta, para a consciência global.
E não, os homens não vão passar a andar de saia, os homens vão encontrar dentro deles o seu lado materno que vai passar a ter mais peso nas suas decisões diárias de "governação do mundo". E quando esse lado materno entrar em acção, nunca mais mãe alguma verá um filho partir para a guerra. E o Dia da Criança será com toda a certeza todos os dias por todo o planeta.
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