A Páscoa é em todas as crenças, uma época de celebração.
Seja a ressurreição de Cristo, a libertação (do Povo de Israel) e êxodo do Egipto, ou a festa da Deusa da Primavera, certo é, que todos celebram qualquer coisa. E com um fim-de-semana um pouco mais alargado (e o desejo que o tempo ajudasse), havia um cheiro a férias no ar.
Pareceu-me que já lá vão os tempos em que a Páscoa era passada em família, família-família (alargada), não família nuclear, e amigos, a tal família que escolhemos.
Mudaram-se os tempos, mudaram-se as vontades, mudaram-se as prioridades. Isto porque um pouco por todo o lado só se ouviu falar de viagens e de ocupação de hotéis.
E eu penso, um pacote de amêndoas na mesa, e tempo gasto com família e amigos, é algo que o dinheiro não compra e são experiências enriquecedoras de vida e de afectos, tanto para novos como para velhos. A tradição, podemos cumpri-la ou não, mas das escolhas nascem lições para a vida. Se não plantarmos a semente, se não dermos o exemplo, mais seremos responsáveis por criar ilhas emocionais, sem capacidade de se ligarem, de construírem pontes, sem histórias e valores familiares, e isso, sinceramente, assusta-me.
Talvez não seja má ideia inspirarmo-nos na própria quadra, a Páscoa é em todos os sentidos uma época de renascimento e renovação. Talvez possamos parar um bocadinho e rever a lista de prioridades, fazer uma análise ás opções que tomamos e talvez, talvez possamos renascer um pouco para os outros.
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