9 de outubro de 2012

O facilitismo e os finais felizes


Às vezes, mas só às vezes o facilitismo nos bate de frente e nos entrega um final feliz de mão beijada.
O facilitismo é contrário ao esforço, ao empenho, à dedicação. Ser pai/mãe é antes de mais um acto de amor e este amor traz consigo a exigencia de cuidarmos dos filhos.
Exigência não é compatível com facilitismo. Amor também não.
Hoje o facilitismo ía privando uma mãe de uma filha, ou melhor, hoje o facilitismo de uma mãe quase abria os noticiários da noite.  Valeu-lhe a senhora que passou e esperou 45 minutos para ver aparecer alguém (que nunca chegou) junto do carro onde a menina dormia e que por fim, por sorte e oportunamente se resolveu a chamar a polícia.
Uma criança (cerca de um ano) desidratada, encharcada em suor e que pouco reagia às sirenes foi finalmente resgatada do seu "sono" por uma mãe que lá chegou alertada pela confusão.
Ainda estrou a tremer, foi uma sorte, foi mais que uma sorte, não tenho palavra para qualificar.
Da severa repreensão não se livrou, provavelmente de uma valente queixa também não.
Esperemos que desta nunca se esqueça, com tantos exemplos de histórias destas a acontecer, como é que as pessoas teimam em repetir os actos?
Foi há cerca de uma hora, aqui na rua. O facilitismo no seu melhor, mas numa vez sem exemplo, com final feliz. E nada nada fácil de presenciar.


Sem comentários:

Enviar um comentário

ideias caídas das nuvens