Estende-me os braços e diz:
- Mamã, peciso de ti.
Eu abraço-o e digo baixinho:
- Vai-te embora, febre, não te queremos aqui.
- Não te peocupes mamã, a febe já está a passar.
*
- Estou preocupada contigo - digo-lhe num abraço.
- Desculpa mamã!
(oooooooohh!)
*
A febre teima em não sair, neste momento está sob o efeito do brufen, é uma maravilha, parece que nada o consegue parar, canta e dança, diz-me "olha, tu não consegues fazer isto" e salta dois quadrados dos mosaicos do chão ou dá um salto enquanto roda no ar, nem parece o mesmo. Depois, de um momento para o outro a febre entra em grande, olho para ele, as faces vermelhas e os olhos pequeninos revelam tudo, parece que vem de mansinho, quando damos por ela já avança pelos 39 graus.
É assim, tem sido assim, não somos diferentes das outras pessoas mas custa tanto quando se trata dos nossos.
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