Foram dois dias.
No primeiro, a tosse que vinha de mansinho fez uma entrada em grande e apoderou-se do membro mais novo da família sem nos dar espaço para pensar em mais nada. Valeu-nos a boa disposição infantil, sempre, sempre presente.
No segundo, os litros de "xarope de cenoura" (aquele que aprendemos a fazer com as nossas avós) e o chá da tosse da mamã (bétula roxa, camomila, carqueja, alecrim - adoçado com mel) começaram a dar resultados. E ao terceiro dia já foi à escola.
Mas, a tosse nos dias passados a dois, trouxe o ranho, aquele amigo clarinho, transparente e que eles na escola aprendem a limpar à manga da camisola...
A meio da brincadeira reparei no brilho que espreitava do nariz e perguntei-lhe:
- G, isso é ranho?
Ele virou-se de costas sem interromper a brincadeira e respondeu:
- Não mamã, é soro!
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ideias caídas das nuvens