É bom ir à Baixa.
A Baixa é única. É única em espaço, em vivência, em espírito, em significado.
Pela sua reconstrução, a Baixa escapou à confusão de emaranhados de ruas e edifícios construídos em cima uns dos outros.
A Baixa também já não é a Baixa escura e esquecida do património Arquitectónico. Hoje é luminosa, viva, arejada, de novo reconstruída.
A Baixa vive na memória e faz parte de todos nós.
A Baixa foi e é a confluencia de tudo.
Para grande parte de nós, a Baixa começou por ser o primeiro sítio onde vínhamos ás compras com a mãe. À Baixa vinha-se ao sábado, comprava-se roupa (havia os Porfirios).
Hoje, a Baixa reinventa-se, vive de novo, é uma chama que não se apaga.
A Baixa é um bocadinho do mundo, por nós, pelos turistas, pelas diferenças culturais que diariamente a habitam. Nesse bocadinho de mundo vive-se de forma diferente, quase como se ali nos fosse permitido sermos tudo o que não somos noutros sítios, permite-nos talvez um anonimato assumido e desejado, até o próprio espaço físico nos proporciona isso, como se vivessemos nós para a cidade e não o contrário.
Ainda ontem alguém me dizia: " Preciso desta cidade para viver".
E é verdade, nunca conseguimos estar muito tempo longe. A Baixa tem uma corrente sanguínea única e independente do resto da cidade. Vive-se o espaço, as pessoas, o ambiente.
Deslumbra-nos e vicia-nos.
As lojas conferem cor e vida ao espaço e passear na Baixa é entrar num mundo diferente. O passeio preenche-nos.
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