2 de abril de 2015

O forro que os coze

O G está de férias, tem estado esta semana em casa dos avós, coisa que ele adora. 
A avó (mais firme que o avô) certifica-se que ele come como deve, que toma o banho, que não abusa dos doces, e tenta pôr ordem às vontades que o avô lhe faz, enfim, aquele tratamento recomendado do costume. 
O avô é o companheiro de brincadeiras. Faz (quase) tudo o que o neto pede e, brinca com ele tudo aquilo que não brincou na sua infância.
Ontem foram os dois comprar pão. No supermercado, o G pede ao avô um ovo de Páscoa Kinder (dos grandes),o avô disse-lhe que não porque a avó depois ralhava com ele (avô). E o G pediu e pediu e pediu e o avô insistia que não porque a avó depois ralhava muito e não podia ser. Mas como sei que o avô estava desertinho de lhe fazer a vontade, não deve ter sido muito convincente nos nãos, tanto que o G saiu do supermercado com um ovo grande nas mãos.
Diz o meu pai que ele levava o ovo como a coisa mais valiosa que ele já tinha tido e ía feliz com um sorriso enorme. Às tantas virou-se para o avô e disse:
- Ai avô, vais levar tanto nas orelhas!...

Sem comentários:

Enviar um comentário

ideias caídas das nuvens