12 de fevereiro de 2014

Hoje é Dia da Mão Vermelha




O lugar das crianças é com a família.
Hoje é dia Internacional contra a utilização de crianças soldado. 

Tentei escrever algo que pudesse ir ao encontro daquilo que sinto em relação a este assunto mas, depois de ter dado uma (pequena) vista de olhos pelo YouTube e ter passado por dois ou três sites, já só tenho vontade de chorar. Acho que como mãe se manifestar algum "alívio" (e peço desculpa pela escolha da palavra) por ser uma realidade que graças a Deus está bem longe de nós, talvez não me levem a mal, mas, na verdade não me sinto bem comigo mesma por o fazer, parece que não me importo com o que acontece "lá longe". Parece que não sei que existem outras mães, parece que não quero saber dessas crianças e parece que nem me interessa que se tornarão os adultos que herdarão os destinos de países.
Lembro-me do Diamante de Sangue (o filme), lembro-me de como não consegui parar de pensar na vida, lembro-me de me questionar sobre o porquê de tanta coisa, e lembro-me de chorar também.
Não sei porque é que estas coisas existem, não sei se estamos todos num qualquer plano em que temos que superar uma série de testes para ir subindo o nível e termos vidas menos difíceis, ou não, não sei. Só sei que confrontada com o que às vezes vejo, me sinto uma sortuda por nada disso me tocar, mas desespero, não consigo ficar indiferente, desespero e sinto uma impotência enorme.
É uma realidade longínqua, é verdade mas co-existe aqui e agora. E não são só meninos, são meninas cujo papel é entreter as tropas com tudo o que isso implica. Meninas.
Sei que ninguém vai procurar filmes no YouTube mas aviso que escolhi um mais adequado e mais fácil de ver, alguns são mesmo desaconselháveis a menores.
E um pouco à parte, vale a pena lembrar que tudo o que nos acontece na infância fica connosco e afeta-nos de uma forma que nem temos noção, mesmo aqui, longe destas realidades, estamos como pais a formar futuros adultos e inevitavelmente a criar-lhes "traumas" (é inevitável) não há pais perfeitos, há pais atentos, pais cuidadosos, pais informados. E com as crianças todo o cuidade é pouco, travarão as suas guerras, claro, umas mais difíceis que outras e o nosso dever é prepará-los e ajudá-los a perceber as implicações de cada escolha que fizerem. 
Num mundo perfeito todas as crianças viveriam protegidas no seio de familias amorosas e a vida sería justa e tranquila e cheia de sorrisos.

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