9 de agosto de 2016

Funchal

Vemos as notícias e ficamos aterrados. Pensamos nas pessoas que conhecemos, e nas outras também.
Empatizamos e não podemos fazer nada. Estamos longe, assistimos incrédulos às imagens do desespero.

Ainda não eram oito da noite, ouvi nas notícias, que o exército ía ser enviado. Às dez da noite ainda não tinha saído ninguém. Se o exército existe para dar resposta a estas situações, se tem os meios para tal, porque é que só vai quando a situação já é de calamidade?
Mesmo por cá, no continente, bombeiros exaustos há 3 e 4 dias a combater frentes de não sei quantos quilómetros. E o exército? Está de prevenção a quê?

E agora? Vamos continuar  a colocar os pirómanos com termo  de identidade e residência (vê-se  que serviu de muito e teve bons resultados) e permitir-lhes continuar a comprar fósforos? 
Vamos responsabilizar quem de direito ou vamos esperar para ver se o Cristiano Ronaldo se chega à frente para ajudar a sua querida Madeira e desresponsabilizar os (ir)responsáveis? É que Portugal vive muito disso. Há sempre gente pronta a ajudar (e ainda bem) e há sempre quem se aproveite disso.

"Não se pode chamar pirómano" diz a senhora na televisão. Se um sujeito  matar alguém com uma arma, vai preso, se outro incendiar uma aldeia e der cabo da vida a não sei quantas famílias... tem que se fazer um estudo e não se pode chamar pirómano porque pode ser o álcool, uma depressão, uma comissão que queira fazer um estudo e de quem ele se possa aproveitar, etc.
Há qualquer coisa na lei de muito podre. Quase que se protegem mais os delinquentes - coitadinhos, precisam de ser reabilitados - do que as vítimas... É mais reagir do que prevenir, ou será impressão minha?
Há qualquer coisa na forma como  se vive em "justiça" que cheira muito mal.

Tive que virar costas, não conseguia mais ver as imagens.
Estes fogos, toda esta loucura, é extremamente injusto.  Ninguém merece isto.

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