25 de abril de 2016

E viva a Liberdade





Grândola pouco ou nada teve a ver com o 25 de Abril.  Grândola do 25 de Abril foi uma música. E a Grândola real apesar de ter percorrido o seu caminho desde 74, permanece meio  parada no tempo.  
Os foguetes à meia noite assinalaram a liberdade e hoje muita gente de passagem fotografava o monumento ao 25 de Abril.
Grândola  converteu-se num símbolo. E como um parente afastado, vive da fama que o nome alcançou. 
Grândola é uma vila morena, queimada pelo sol e pelos que a têm governado. E como vila não tem nada para oferecer.
A minha Grândola  é outra, é a Grândola da família, construída de muito trabalho. Longe do seu pequeno centro e das suas ideias.
Tem bom ar, muita natureza, e um tempo de fazer inveja ao resto do país. Estamos no campo, na encosta da serra, e bem pertinho do mar.
A minha liberdade é sempre lá que a encontro.
Grândola não precisa estar na linha da frente, Grândola só precisa de começar a sonhar um pouco mais, e provar que é bem mais do que  Zeca Afonso fez dela.
E com azinheiras sem idade, Grândola, eu e o país celebramos o fim de uma ditadura que certamente não nos permitiria escrever assim.
E viva a Liberdade.

Sem comentários:

Enviar um comentário

ideias caídas das nuvens