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9 de agosto de 2016

O fumo que cobre o país

Lisboa, hoje, 7 da manhã
O ar está pesado, é difícil respirar. Não é só o calor, o cheiro do fumo está por todo o lado, e, dentro de nós, porque sabemos o que se passa no país, algo nos leva à janela e faz-nos olhar em volta, só para prevenir qualquer coisinha.

As imagens sufocam em todos os sentidos, e nós sufocamos com eles, bombeiros, vitimas, pessoas que ajudam, animais. É preciso coragem para ser bombeiro neste país. É preciso coragem e uma vontade muito grande de ajudar os outros.

Dizem que é a doença, ou, em alguns casos, talvez seja uma forma de se adquirirem terras, ou levar a cabo alguma vingança, ou talvez um cigarro, ou um pedaço de vidro, ou a tal fogueira, ou o foguete, ou... ou.
São demasiadas hipóteses, o pior são as vidas que se perdem. 

E o ar pesa, e o fumo está por todo o lado, parece que o país inteiro ardeu numa noite.

25 de fevereiro de 2014

19 de setembro de 2013

Em tempo de eleições



Em tempo de eleições não se limpam argumentos, arranjam-se estradas, pintam-se passadeiras, refazem-se calçadas inteiras, arranja-se a iluminação, replantam-se jardins, penduram-se cartazes, limpam-se paredes e consulta-se a população.
Por acaso foi o PS, podia ter sido outro qualquer. Chegaram pelas 11 da manhã e foram-se pelo meio dia.
As pessoas eram convidadas a escrever a sua sugestão. Não fosse sabermos no que a coisa dá, até seria uma ideia interessante.
Percebi que que maioritariamente as pessoas sentem falta de sinalética, árvores ou o seu arranjo/poda e cães com trela. 
Não moro aqui, apenas trabalho e como tal, passo mais horas diurnas por aqui do que na freguesia onde moro e gostaria de fazer uma sugestão (ainda que ninguém destas lides a venha alguma vez a ler).
É um bairro grande, eu sei, mas Benfica precisa urgentemente e em grande escala de limpeza. Limpeza urbana massiva. Maior frequência de despejo de contentores de reciclagem, é uma porcaria e um mau cheiro que não se pode. E depois, os cães, ou os donos. Os donos que vão levar os cãezinhos a fazer os cocós e deixam ficar o presente para o peão mais distraído o levar agarrado à sola do sapato. O meu filho foi um deles.
É toda uma nova dimensão de porcaria, não me lembro de ver tanto cocó de cão em toda a minha vida.
Por isso, peço ou proponho limpeza e multas aos donos, muitas multas. A legislação existe mas ninguém a cumpre. Assim não vale a pena.


9 de agosto de 2012

Nas nuvens


E dizerem que não há castelos nas nuvens.
Deixem sonhar porque às vezes não é só nos contos de fadas.

3 de julho de 2012

Jardim da Babilónia











Porque hoje estou numa de natureza.

Quando a população intervém, quando há vontade e acção, fazem-se obras fantásticas.
Esta rua não tem nome, não existe no mapa da cidade.
Dos pátios ou logradouros que existiram, do arregaçar de mangas das senhoras (sim, é uma obra no feminino) que os habitam, da sua vontade e trabalho nasceu um jardim.
Tudo o que aqui está foi plantado, construído, trazido, arranjado com todo o cuidado por quem, dentro de si, encontrou espaço e tempo para se dedicar a um projecto comum em que o ganho é a satisfação de passar e/ou permanecer num mundo à parte.
Não sei quantas senhoras se envolveram nem quanto tempo demorou a obra, sei que pediram à junta ajuda com a água para a rega e meteram mãos ao trabalho.
Que ideia tão boa.
Aqui no meio da pedra nasceu um pequeno oásis povoado de centenas de espécies de plantas, de pássaros, repuxos com peixes e gatos que se passeiam. Em pouco mais de 50 metros.
Haja vontade.

1 de junho de 2011