Março veio, não tão quente como das outras vezes, mas, igualmente desafiador.
Completou-me mais um ano de vida, e, embora muitas vezes nem dêmos conta, esse é o nosso maior desafio. Envelhecer.
Em português não temos como expressá-lo, os ingleses dizem-no bem, "aging without growing old". Nós, quando muito diríamos "envelhecer bem".
O meu filho rapta-me dos pensamentos, oferece-me as prendas mais especiais. As vezes que diz que me adora compensam por todas as introspecções que vêm e que estão por vir.
O Dia do Pai levou-nos ao Chapitô, o mano Paulo esteve em Lisboa e dias especiais passam-se em sítios especiais com pessoas especiais.
Tem uma paixão imensa pelos irmãos.
"Mãe, adorei a minha primeira vez num bar", pois adorou mas foi por causa do mano e dos amigos do mano e de toda a atenção que recebeu.
Em contraste, a tranquilidade da Páscoa, como qualquer momento passado no Alentejo, é sempre de ar puro e andar na rua. E se os dias de sol de 19ºC se mostraram luminosos e coloridos, não foram os de chuva que nos estragaram a disposição.
O filho ficou. Nós voltámos silenciosos para Lisboa, faltava-nos algo.
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