É por estas e por outras que sou contra o novo AO. Desvirtua-se a língua só porque sim, só porque alguém se lembra que a partir de agora lhe apetece inventar uma palavra.
Recebi o texto por email e fui em busca de confirmação por parte da nossa gramática. Descobri que a dúvida circula na net desde 2011, e descobri também que a nossa nova gramática já permite de tudo.
Bem dito Acordo Ortográfico, quem nunca soube escrever português agora dita as regras. Toda a gente diz o que lhe apetece, tudo é permitido.
Passo a transcrever.
Presidente e Presidenta
(...)
A
presidenta foi estudanta?
Existe a
palavra: PRESIDENTA?
Que tal
colocarmos um "BASTA" no assunto?!
No
português existem os particípios activos como derivativos verbais. Por exemplo:
o particípio activo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar
é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante... Qual é o
particípio activo do verbo ser? O particípio activo do verbo ser é ente. Aquele
que é: o ente. Aquele que tem entidade..
Assim,
quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a acção que expressa um
verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos
ante, ente
ou inte.
Portanto,
em Português correcto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não
"presidenta", independentemente do sexo que tenha. Diz-se capela ardente, e não
capela "ardenta"; diz-se estudante, e não estudanta"; diz-se adolescente, e
não "adolescenta"; diz-se paciente, e não
"pacienta".
Um bom
exemplo do erro grosseiro seria:
"A candidata a presidenta comporta-se como uma
adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta
para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia
sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta
política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o
direito de violentar o pobre português, só para ficar
contenta".
Aqui, aqui, aqui (e em tantos outros sítios). |
Nem mais! Não percebo a necessidade deste AO.
ResponderEliminarClaro que a lingua tem que evoluir, mas daí a tirar-lhe a alma vai um longo caminho....
Eu acho que só pode mesmo ser o facilitismo e permissividade e falta de esforço, só pode. Terá sido para nos aproximar do Brasil? E era preciso isto, até o Brasil (nos pessoas que leio) acha isto ridículo. Juro que não percebo.
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