30 de março de 2011

Diferenças

Hoje recebi isto por e-mail, não sei quem escreveu, mas gostei muito.

Prato de Arroz


"Um sujeito estava colocando flores no túmulo de um parente quando vê
um chinês colocando um prato de arroz na lápide ao lado. Ele se vira
para o chinês e pergunta:
- Desculpe-me, mas o senhor acha mesmo que o seu defunto virá comer o arroz?
E o chinês responde:
- Sim, geralmente na mesma hora em que o seu vem cheirar as flores!

"Respeitar as opções do outro "em qualquer aspecto" é uma das maiores
virtudes que um ser humano pode ter. As pessoas são diferentes, agem
diferente e pensam diferente.

Nunca julgue. Apenas compreenda".

28 de março de 2011

26 de março de 2011

Trabalhar ao Sábado

Trabalhar ao Sábado é um dia perdido de família.
Então, pelo computador ligo-me a casa, vejo-os e apaziguo a saudade. O G fala comigo, diz-me "olá" vezes sem conta, faz-me adeus e manda-me beijos.
Quando me começa a pedir colo, choramos os dois. E a ligação termina.
Fico de rastos!
Mesmo assim, pior do que isso, só quando por alguma razão não nos podemos ligar, e eu não os posso ver.

Manhãs de fim-de-semana




Manhãs vazias de gente.

24 de março de 2011

E pronto... foi hoje


Já cortou o cabelito.
Não me digam nada, estou desolada!

Dias de Greve


Ando de comboio todos os dias. Gosto por duas razões, as suficientes, mostra-me um caminho e uma paisagem que adoro e que o carro não me permite, e rapidamente me transporta de um lado para o outro.
Não condeno as greves, não o posso fazer. Fazem-me um transtorno enorme mas, direitos são direitos.
Na correria habitual do dia a dia, não há tempo para nada, todos andam apressados mas, há no entanto uma coisa fantástica, "um presente" que os dias de greve nos dão.
Nos dias de greve, há uma aceitação geral que "as coisas" não funcionam, há uma resignação, há como que um conhecimento comum de que é aceite que todos possam chegar tarde, andam a  pé e todos caminham tranquilos.
E é isso que eu gosto de ver, muita gente na rua a andar a pé e sem pressa de chegar. A apreciar o sol, o caminho, a natureza (seja ela qual for), a descobrir um pouco mais da viagem. Nesses dias tornamo-nos um povo mais "Zen", mais tranquilo, mais mentalmente saudável.

22 de março de 2011

Esta tarde

Estamos longe, muito longe de ser deuses (muito pelo nosso comportamento), no entanto, o ser humano gosta muito de brincar ao "ser superior".
O que é que leva uma pessoa (normal?) a acelerar uma máquina milhares de vezes mais pesada que o corpo humano em direcção a outra pessoa que atravessa o seu caminho?
Isto acontece todos os dias, a toda a hora.
Se um peão atravessar uma estrada numa passadeira com semáforo, com o carro ainda longe e tendo tempo mais que suficiente para a travessar, a maior parte dos condutores que se aproximam, em vez de abrandarem, aceleram.
Esta tarde esperava o semáforo verde para os peões para atravessar a passadeira no meio da avenida. Uma pessoa, tentando perceber o fluir do trânsito, apanhou uma "aberta", calculou o tempo e resolveu atravessar.
Não, não aconteceu nada. A senhora atravessou mas, a meio da travessia, um autocarro (ou o condutor) lá achou que ela lhe tinha feito algum tipo de afronta e toca de acelerar. A senhora correu claro, atravessou e o autocarro passou.
Condeno qualquer um dos comportamentos, mas, não posso deixar de pensar que o peão estava numa passadeira e não posso deixar de pensar no que aconteceria se o peão não pudesse ter corrido, ou se o peão tivesse tropeçado ou qualquer outra coisa.
Também não concordo com os peões que se atiram para as passadeiras sem olhar, "os carros que parem!" Não é correcto, ás vezes, os condutores não conseguem travar a tempo, ou não têm espaço para o fazer. Não foi o caso hoje, hoje um ser humano (e talvez mais umas quantas centenas por esta cidade fora) deliberadamente, acelerou em direcção a outro, do mesmo modo que tantos outros aceleram em cruzamentos porque outros carros (condutores) tiveram o desplante de entrar na estrada à frente deles.
O que é que se passa na cabeça desta gente?
O senhor condutor do autocarro queria dar uma lição ao peão. Se o peão não tivesse conseguido atravessar ele nunca teria conseguido parar a tempo e passar-lhe-ía com o autocarro por cima, o peão aprenderia dali para a frente a ser cumpridor  e o senhor condutor seguiria  a sua vida descansadinho e feliz porque teria dado uma lição valiosa, com o autocarro cheio de gente.

E o dia amanheceu assim


Nunca permitas que um dia cinzento te impeça de ver as cores.

21 de março de 2011

A Primavera chegou


Sê bem-vinda Primavera.
Tinha tantas saudades tuas!

Dia Mundial da Árvore


Hoje é o Dia Mundial da Árvore.
Hoje é o Dia Mundial de muita coisa. É o Dia Mundial da Árvore, é o Dia Mundial da Floresta, é o Dia Mundial da Poesia e é o Dia Internacional Para a Eliminação da Descriminação Racial. Não sei se me escapou algum, se sim, fica o meu pedido de desculpas (não se pode saber tudo).

Gosto especialmente das árvores (na natureza, quero eu dizer). E gosto especialmente de árvores antigas, parece que contêm em si toda a sabedoria da natureza, toda a memória dos tempos, todo o conhecimento.
São sentinelas e ao mesmo tempo guardiãs.
E permanecem.
Fica no dia de hoje a minha homenagem.

20 de março de 2011


Hoje (e todo o fim-de-semana) aprendi muita coisa, e, a titulo de curiosidade, fiquem a saber que este é "um país de Luz, a Lusitânia!" (citando o Dr Todd).
Obrigada por estes dois dias.

19 de março de 2011

Dia do Pai

Quando o meu pai era pequenino, os homens não choravam.
Os homens íam à Guerra.
A chucha era um bocado de açúcar (quando havia) preso com um nó dentro de um pano e as ansiedades eram assim apaziguadas.
Andava-se de Burro. Passava-se fome.
Teve 4 pais: o pai (ausente) que lhe deu a vida e o nome, o avô que lhe deu a educação, o tio que continuou o que o avô deixou a meio, e a mãe que lhe deu todo o amor que tinha.
Trabalhou de dia e estudou de noite. Cresceu e foi à Guerra, fez o que lhe foi pedido e lutou por um país e uma vida melhores.
Teve uma filha a quem deu tudo o que lhe era possível dar.
Até hoje continua a trabalhar.

Eu não vivi guerras, chorei tudo o que quis, tive chuchas.
Tive pai e mãe presentes. E num pais mudado pude sonhar com um futuro diferente.

Hoje o meu pai tem um neto, o filho que nunca teve, e, sonha com ele ir à pesca, vindimar, trabalhar a terra, ter longas conversas, falar do tempo de antigamente.
O passado e o futuro.
Espero sinceramente que o façam, é de longe a melhor coisa que lhes poderia proporcionar, a presença um do outro nas suas vidas.

Feliz dia Pai.

18 de março de 2011

Os caracois do G

Andei algum tempo a tentar que a ideia crescesse em mim, que ganhasse terreno e se apoderasse de vez da minha resistência à mudança.
Os caracois do G têm que "ir à vida". O tempo está a aquecer e o cabelito dele começa fazer nós.
Prometi que seria na Primavera e já comprei a fitinha azul de cetim para atar os cachos para a posteridade. E o facto de o ter feito diz-me que estou pronta.
O meu pirilampo ficou crescido.
No meu coração serás sempre o bebé mais lindo do mundo.

17 de março de 2011

A pensar no Dia do Pai





Só já faltam 2 dias e já tenho prenda para o Dia do Pai.
Foi comprada aqui.
A Conserveira de Lisboa é uma das minhas lojas preferidas, onde tudo foi feito para preservar a traça original. O balcão, as prateleiras, os anúncios, tudo se mantem no seu tempo e os anos 30 transpiram por todo o lado. É-nos até oferecida a visão das empapeladeiras a trabalhar.
É o acolhimento do comércio tradicional focado para o cliente.
Podiam até ter a distância, frieza e altivez de quem tem um produto único e vencedor no mercado e não tem que provar mais nada a ninguém. Podiam, mas não têm, são calorosos, acolhedores, prestáveis e muito simpáticos.
Preocupam-se com o que o cliente tem a dizer, têm um livro de boas-vindas, têm 80 anos, estão nas 10 mais belas lojas de Lisboa do Lisbon Lux Magazine e eu gosto deles.

16 de março de 2011

Passear na Baixa

É bom ir à Baixa.
A Baixa é única. É única em espaço, em vivência, em espírito, em significado.
Pela sua reconstrução, a Baixa escapou à confusão de emaranhados de ruas e edifícios construídos em cima uns dos outros.
A Baixa também já não é a Baixa escura e esquecida do património Arquitectónico. Hoje é luminosa, viva, arejada, de novo reconstruída.
A Baixa vive na memória e faz parte de todos nós.
A Baixa foi e é a confluencia de tudo.
Para grande parte de nós, a Baixa começou por ser o primeiro sítio onde vínhamos ás compras com a mãe. À Baixa vinha-se ao sábado, comprava-se roupa (havia os Porfirios).
Hoje, a Baixa reinventa-se, vive de novo, é uma chama que não se apaga.
A Baixa é um bocadinho do mundo, por nós, pelos turistas, pelas diferenças culturais que diariamente a habitam. Nesse bocadinho de mundo vive-se de forma diferente, quase como se ali nos fosse permitido sermos tudo o que não somos  noutros sítios, permite-nos talvez um anonimato assumido e desejado, até o próprio espaço físico nos proporciona isso, como se vivessemos nós para a cidade e não o contrário.
Ainda ontem alguém me dizia: " Preciso desta cidade para viver".
E é verdade, nunca conseguimos estar muito tempo longe. A Baixa tem uma corrente sanguínea única e independente do resto da cidade. Vive-se o espaço, as pessoas, o ambiente.
Deslumbra-nos e vicia-nos.
As lojas conferem cor  e vida ao espaço e passear na Baixa é entrar num mundo diferente. O passeio preenche-nos.

A falta que me faz o sol

É incrivel como por vezes nem nos apercebemos da falta que o sol nos faz para recarregar baterias.

Ás vezes

Ás vezes gostava de morar aqui neste 4º andar todo florido, mas só ás vezes. Gosto muito do sítio onde vivo, mas aqui, aqui poupava um bocadinho no tempo interminável e no cansaço de chegar ao trabalho.

14 de março de 2011

40

Estava a tentar escrever algo sobre os 40, mas não me ocorre nada de especial.
Será aqui o meio do caminho?
Terei outro tanto assim para aprender?
Espero que sim. A vida recomeça todos os dias e é importante investir na alma.
Aprendi que vale a pena fazer a diferença, dizer a verdade, cultivar a paz, ter bons pensamentos, dar bons exemplos, esquecer os erros do passado.
Perdoar.
Fazer a coisa  certa, ser feliz, ver o nascer do sol e principalmente que o melhor está para vir.

Marcas de um final dia

As nuvens deste final de dia.
Lindas. São da Rita.
(Era suposto ter publicado isto um minuto mais cedo)

11 de março de 2011

Decisões sem conformidade geral de opiniões por vezes são complicadas

O meu organismo (o meu corpo) decidiu que agora era uma boa altura para desenvolver uma alergia. Vai daí, decidiu, está decidido e lixou-me!
Viro-me do avesso com a tosse!
Eu não concordo, claro, e ando a qui a ver se consigo fazer valer os meus direitos mas não sei muito bem para onde mandar a reclamação.

Não acho correcto que decidas essas coisas sem me consultar. Tirando uma coisinha ou outra sem importancia, até acho que sempre te tratei bem. E não me venhas cá com histórias de directas, de trabalho, de alimentação, porque foi tudo em prol de uma bem maior, ter alguma margem de manobra para também te dar alguns "luxos" (é claro que as coisas depois nem sempre correm como pensamos, mas a intenção era essa e era boa). Por isso pensa lá bem e arranja mas é uma maneira de tornar a coisa simples e agradável para ambos. Olha que ainda temos muitos anos de vida em comum.

Pronto, decidi deixar aqui o meu ponto de vista. Pode ser que ele leia e entenda as minhas razões.

9 de março de 2011

Gosto

Gosto das mudanças de estação. Aqueles dias que ainda sendo da estação do calendário trazem já tantas promessas de mudança.
Hoje o dia acordou assim, para a natureza, e eu deixei-me maravilhar e só tive vontade de ficar ali deitada na relva sob aquele céu de beleza primaveril. Ainda por cima a chuva não cumpriu a promessa...
Mas tive que ir trabalhar.

8 de março de 2011

Equals

Já agora, acrescento.



Muito bom.

Dia Internacional da Mulher


Correndo o risco de fazer este blog parecer mais sério do que é, não posso deixar de escrever algumas palavras sobre o tema.
Talvez em algumas culturas e em alguns meios estejamos muito longe da marcha "Pão e Rosas" de 1908, mas a verdade é que a condição feminina, um pouco por todo o mundo, continua a necessitar de estabilidade económica (Pão) e melhor qualidade de vida (Rosas).
De certa forma quase que compreendo as mulheres para quem a data nada signifique, porque trabalharam e construíram a sua vida e vivem num meio que as respeita, mas são só uma parte.
Mesmo em Portugal, país da Europa do séc. XXI, existem mulheres ainda a viver sob algum tipo de opressão, porque nem todas tivemos a sorte de nascer num meio livre com a liberdade de escolha para para hoje sermos o que escolhemos.
Continuamos a ouvir falar de violência doméstica, assédio, tráfico ou exploração sexual, discriminação, remuneração inferior, desemprego, etc.
É por isso que aparecem cada vez mais organizações e movimentos pela mulher, porque quanto mais tempo passa, menos aceites e mais chocantes essas situações se tornam. É que infelizmente não são poucas ainda as casas, famílias, etnias e principalmente mentalidades que não conhecem a palavra integridade e onde o Séc. XXI está longe de chegar.
É por essa mulheres que existe um dia internacional da mulher, e para lembrar todas as outras que a data não é uma ofensa, relembra também as mulheres que lutaram e abriram caminho para todas as que conseguiram vencer. E celebra a condição feminina, acima de tudo.
Para todas, as alfazemas da minha varanda.

5 de março de 2011

A Vida

A vida é a viagem.
Toda a nossa vida é uma viagem de reconhecimento.
Todos os dias nos deparamos com coisas novas, pessoas novas, situações, pensamentos, emoções, desejos novos...
Por muito que tenhamos vivido há sempre alguém ou alguma coisa que nos consegue surpreender. Para o bem e para mal, claro.
As coisas boas deixam-nos felizes, as más fazem-nos crescer  e preparam-nos para o que vem a seguir. São ambas necessárias, são o que nos fazem quem somos e nos permitem conhecer os caminhos e as pessoas com quem nos cruzamos.
E depois há a vida a que nos prendemos, a que nos obrigamos, seja por desejo, seja por falta de opção. A vida possível, a vida a que uns se resignam e aceitam, e a vida que outros escolhem. Qualquer uma delas é válida, até porque não nos resignamos sempre e não temos sempre opção de escolha.
Seja como fôr, nesta viagem de reconhecimento é tanto o que vejo, é tanto o que aprendo, é tanto o que escolho e é tanto o que aceito.
O sitio é lindo e a viagem é inspiradora. Sinto que voltarei muitas vezes, até porque acho que já cá estive antes.